Deputados vão votar PEC do voto auditável; ministros da Justiça não querem mudança

Em meio a uma crise institucional entre os poderes, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), fez um pronunciamento agora há pouco, no Salão Verde aqui na Câmara dos Deputados, onde afirmou que a PEC do voto impresso será analisada pelo plenário da Casa.

“A Câmara dos Deputados sempre se pauta pelo cumprimento do regimento e pela defesa da sua vontade, que é a expressão máxima da democracia. Pela tranquilidade das próximas eleições e para que possamos trabalhar em paz até janeiro de 2023”, afirmou.

Segundo Lira, a questão do voto impresso irá ao plenário onde todos os parlamentares, eleitos legitimamente, vão decidir. Ele destacou: “todos foram eleitos pela urna eletrônica”.

O embate se iniciou pelos questionamentos do presidente Bolsonaro e teve como foco a suspeita de que a votação eletrônica possa ser fraudada. O presente não deseja a volta da votação em cédula de papel, mas um comprovante de votação, , esse sim, passaria a ser impresso.

Para “apaziguar”

Segundo informações que circulam em Brasília, Arthur Lira teria enviado o recado ao tribunal Superior Eleitoral (TSE) de que levaria a proposta de emenda constitucional (PEC), que trata da questão do voto impresso ao plenário da Câmara. A ideia de Lira é levar a votação ao plenário para que esta seja derrotada pelos deputados e assim dar fim ao assunto. Em contrapartida, é desejado que o TSE crie alguma forma de auditar as urnas eletrônicas e tornar o processo de votação mais transparente. Com isso, Arthur Lira quer assumir um papel de mediador entre o presidente da República e o TSE, tentando assim diminuir os desgastes. Também já é sabido que houve uma interferência direta dos ministros do TSE na Câmara dos Deputados.

Para algumas pessoas a ideia de Lira pode não dar certo e ,ao invés de diminuir o confronto, eles acreditam que isso pode aumentar ainda mais o desgaste. Com a questão do voto impresso sendo levada ao plenário, isso colocaria os deputados como alvo de Bolsonarista. Há também a informação de que os próprios ministros teriam dito que não gostariam que o assunto continuasse sendo tratado pela Câmara dos Deputados.
O presidente Bolsonaro continua com incisivas críticas contra o presidente não tem esse é Luís Roberto Barroso.