Advogado é preso por agredir esposa em Coronel Fabriciano; mulher afirma que ele estava sob efeitos de crack

Homem fugiu da cena do crime afirmando que não iria ser preso por ser advogado, mas foi encontrado em casa pelos militares

Por Plox

07/08/2023 09h03 - Atualizado há 12 meses

Um advogado de 44 anos foi detido pela Polícia Militar (PM) na tarde desse domingo (7) no bairro Amaro Lanari, em Coronel Fabriciano, no Vale do Aço. Ele teria agredido a sua esposa, de 43 anos e fugido na sequência, exclamando que não “ficaria preso por ser advogado”.

Conforme consta no Boletim de Ocorrência (BO), a mulher relatou que ser marido é ''advogado de um monte de traficantes do Caladinho que, inclusive, fizeram seu esposo viciar em drogas''. Ela informou que ele é usuário de 'crack'.

Ontem, ele foi visitar um primo da mulher que, está acamado devido a ter sofrido um AVC, porém, como estava muito agitado, sob efeito de crack, começou uma contenda na rua, perturbando os moradores com gritaria, sendo prepotente por ser advogado. Por estar muito exaltado, parentes e a esposa tentaram evitar que o homem visitasse o enfermo, e neste momento ele agrediu a companheira com empurrões e de posse da chave do carro lhe feriu no braço direito. 

Os vizinhos tentaram conter o autor e conversar, no entanto, ele começou a agredir todos com chutes e socos e desferia golpes com a chave do carro gol, lesionando um homem de 29 anos na barriga e no braço, e machucando a região próxima ao supercílio de um homem de 52 anos.

Um jovem de 26 anos tentou separar e foi agredido, tendo um dedo da mão esquerda lesionado. Todas as vítimas lesionadas recusaram atendimento médico. 

Quando o autor percebeu a chegada da viatura, ele entrou em seu veículo, um Gol de cor branca e fugiu dizendo: ''que não iria preso, que ninguém prende ele, que ele não fica preso por ser advogado e que iria voltar ao local e todos iriam ver com ele''. 

As guarnições, de posse do endereço do homem, deslocaram e encontraram o carro estacionado na rua, em frente a sua casa. Ele recebeu os militares, e segundo o BO, falava em tom arrogante, ser advogado, que conhece tudo sobre leis e questionou o porquê de duas viaturas para conversar com ele.

Os policiais deram voz de prisão em flagrante ao autor, que por sua vez, gesticulava muito, a todo momento se apresentava como advogado, transpirava excessivamente e dizia que não cabia sua prisão. Ao ser algemado e conduzido, o autor não resistiu, mas continuava verbalizar. 

Conforme registros da PM, ele reclamava de dores nas costas e na cabeça. O advogado foi conduzido até o hospital para atendimento medico, pois continuava transpirar excessivamente e dizer coisas aleatórias sobre ser advogado, que não podia estar ali, que não podia ser algemado, que não agrediu a esposa.

O homem também negou ter usado crack e disse ter ingerido apenas uma lata de cerveja. A esposa afirmou que conhece o marido e que ele usou crack, porque ele não fica daquela situação quando fica sóbrio. 

Durante o registro do BO, o autor relatou ter sido agredido por populares sem mais nem menos, relatando ainda que durante as agressões, foi furtado seu celular, um cordão de ouro e uma aliança, no entanto, a mulher negou tal.

A vítima demonstrou a intenção de representar contra o autor, por segundo ela, ele sempre é agressivo quando está sob efeito de crack e álcool e que essa situação de estar drogado é constante. 

O veículo foi apreendido e encaminhado ao pátio credenciado devido ter sido meio da ação criminal. O BO ressalta que, ao verificar o interior do Gol, foi encontrado quatro latinhas de refrigerante, vazias e com a lateral com pequenos furos e esses furos estavam queimados. Conforme a PM, tais latinhas são usadas como ''cachimbos'' para uso de crack.

Ainda foi encontrado um pequeno cano de tubulação de cobre com a ponta entortada e com essa ponta fechada com papel alumínio, com pequenos furos e queimado. Que também pode servir de ''cachimbo'' para uso de crack. 

O advogado autor foi conduzido até a Delegacia de plantão.


 

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