Receita de mineração transforma realidade de município em Minas Gerais
São Gonçalo do Rio Abaixo surfa na onda dos impostos gerados em torno da mineração e investe em infraestrutura e serviços para a população
Por Plox
07/08/2023 12h29 - Atualizado há mais de 1 ano
São Gonçalo do Rio Abaixo, uma cidade tranquila no coração de Minas Gerais, com aproximadamente 12 mil habitantes, destaca-se atualmente por sua robusta arrecadação fiscal. De acordo com dados do Instituto de Pesquisas Econômicas e Aplicadas (Ipea), o município ostenta o mais alto Produto Interno Bruto (PIB) per capita do Brasil, alcançando R$ 209 mil por habitante.
Essa próspera realidade é impulsionada, em grande parte, pelos royalties originários da mina de Brucutu, um vasto complexo de mineração explorado pela empresa Vale. Além disso, a presença de empresas que prestam serviços para a mineradora e outras indústrias têm enriquecido ainda mais os cofres municipais, por meio da arrecadação de ICMS e ISS.
Educação como Prioridade
A riqueza acumulada permitiu que a cidade fizesse investimentos significativos em diversos setores, especialmente na educação. São Gonçalo do Rio Abaixo possui três escolas integrais, que disponibilizam até seis refeições diárias aos estudantes. Os benefícios se estendem ainda ao fornecimento de transporte escolar, ajuda de custo para universitários, kits escolares e atividades extracurriculares, como teatro, inglês, karatê e balé.
Saúde e Infraestrutura em Evolução
No setor de saúde, os moradores contam com um pronto atendimento que opera 24 horas por dia, uma farmácia popular em expansão e 16 postos de saúde. As vias de acesso à zona rural são pavimentadas, e a cobertura de esgoto atinge quase 70% da população.
Projetos de infraestrutura estão em andamento, incluindo o planejamento e execução de 150 obras. Os moradores também podem esperar pela implantação de uma Guarda Municipal e a construção de uma nova sede administrativa.
Desafios Futuros e Diversificação Econômica
Apesar da atual prosperidade, o futuro de São Gonçalo do Rio Abaixo está no centro das discussões. A cidade, que tem grande dependência da mineração, busca diversificar sua economia para enfrentar possíveis cenários de exaustão das minas. O prefeito Nozinho, vê a educação como um pilar nesse processo e aspira trazer ao município instituições de ensino técnico e universidades renomadas.
Porém, nem todos veem a situação com tanto otimismo. A oposição, representada pelo vereador Cássio Silva, critica os gastos do município e alerta para o perigo de depender excessivamente da mineração.