Advogados de Luith denunciam falhas e acusam inconsistências no julgamento da morte de Caio

Durante o segundo dia de julgamento, defesa aponta irregularidades na investigação e sustenta inocência da acusada, em caso que abalou Timóteo e Jaguaraçu

Por Plox

07/08/2025 17h04 - Atualizado há 2 dias

O julgamento dos réus Luith Silva Pires Martins, 41 anos, e João Victor Bruno Coura de Oliveira, 23 anos, acusados de envolvimento na morte de Caio Campos Domingues, foi retomado nesta quinta-feira (07/08), em Timóteo/MG. Os advogados de Luith se pronunciaram publicamente pela primeira vez, afirmando que as acusações são \"levianas\" e que há uma série de contradições nos autos. Segundo a defesa, essas falhas, até então desconhecidas pelo público, estão sendo finalmente expostas com o desenrolar do julgamento. Veja os detalhes na Live.



Junto a Luith, também está sendo julgado João Victor Bruno Coura de Oliveira, de 23 anos. Ambos respondem por homicídio qualificado, ocorrido em 4 de abril de 2023, na zona rural de Jaguaraçu. Segundo o Ministério Público, Luith teria arquitetado a morte do marido motivada por dívidas e interesses financeiros, com o objetivo de se apropriar dos bens da vítima e receber um seguro de vida. João Victor teria recebido promessa de pagamento de R$ 10 mil para executar o crime.


Imagem Foto: Rede Social


De acordo com a acusação apresentada pelos promotores Frederico Duarte Castro e Jonas Junio Linhares Costa Monteiro, a ação foi premeditada e envolveu dissimulação, emboscada e traição. Caio teria sido alvejado enquanto estava no carro, com o cinto de segurança afivelado, por disparos feitos por João Victor, que aguardava escondido. Luith, ainda conforme os promotores, teria dirigido o carro até o local e simulado um socorro após dar fuga ao executor.


Imagem Foto: Rede Social


Para tentar forjar um latrocínio, os acusados teriam simulado o roubo de uma bicicleta que estava presa na parte traseira do veículo, criando uma versão posteriormente desmontada pelas investigações. Em seu primeiro depoimento, Luith afirmou que ela e o marido foram vítimas de um assalto, versão desmentida por provas colhidas no inquérito. Além do homicídio, João Victor também responde por posse irregular de arma, pois o armamento usado foi encontrado em sua residência no dia seguinte ao crime.


Durante a madrugada que interrompeu os trabalhos do primeiro dia de julgamento (06/08), os sete jurados — dois homens e cinco mulheres — permaneceram isolados em um hotel, incomunicáveis, até a retomada da audiência nesta quinta.


Imagem Foto: Andressa Estevão / PLOX


Na nova sessão, os advogados de Luith se pronunciaram publicamente pela primeira vez, afirmando que as acusações são \"levianas\" e que há uma série de contradições nos autos. Segundo a defesa, essas falhas, até então desconhecidas pelo público, estão sendo finalmente expostas com o desenrolar do julgamento. Os advogados ressaltaram que o caso repercutiu fortemente em Timóteo, onde a maioria dos moradores já havia sido impactada pela narrativa da acusação, amplamente divulgada durante os dois anos de reclusão dos réus.


A equipe de defesa afirmou estar confiante em provar a inocência de Luith e destacou divergências entre os procedimentos da Polícia Civil e da Polícia Militar, o que, segundo eles, compromete a solidez da investigação. A defesa também frisou que seu objetivo é alcançar a verdadeira justiça, responsabilizando apenas os reais culpados com base nas provas apresentadas no processo.


Os interrogatórios dos réus devem ocorrer ainda nesta quinta, com os debates finais previstos para o dia seguinte. Os advogados estimam que a fase de debates, com réplica e tréplica, poderá durar até nove horas.


Imagem Foto: Rede Social


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