No segundo dia de julgamento do assassinato de Caio Campos Domingues, uma nova informação vinda da perícia criminal gerou forte impacto no Fórum de Timóteo. 
  Foto: Andressa Estevão/PLOX
 Foto: Andressa Estevão/PLOX   A perita Gabriela Alves, chamada como testemunha, apresentou uma versão inédita sobre como a vítima foi morta, mudando o rumo da acusação até então sustentada no processo.
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 Foto: Andressa Estevão/PLOX  Segundo Gabriela, os indícios analisados no local do crime mostram que Caio foi alvejado fora da caminhonete e, só depois, colocado no banco traseiro do veículo. 
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 Foto: Andressa Estevão/ PLOX   Essa revelação causou surpresa entre os presentes, pois até então prevalecia a versão de que ele teria sido morto no banco do carona, com o cinto de segurança afivelado, o que supostamente teria dificultado qualquer reação por parte da vítima.
“Ele foi atingido do lado de fora do carro e só depois colocado no banco de trás”, afirmou a perita Gabriela Alves durante o depoimento , destacando que essa conclusão é baseada na análise dos vestígios de sangue e da posição do corpo dentro do veículo.
A nova informação contrasta diretamente com a narrativa usada pelo Ministério Público, que sempre apontou uma execução dentro do carro, enquanto Caio ainda usava o cinto. A mudança pode interferir na avaliação do júri sobre a dinâmica do assassinato.
O crime, que ocorreu em abril de 2023 na zona rural de Jaguaraçu, ganhou notoriedade por seu grau de frieza e planejamento. Luith Silva Pires Martins, esposa da vítima, é acusada de planejar o assassinato com João Victor Bruno Coura de Oliveira. De acordo com o Ministério Público, a motivação seria financeira: Luith estaria endividada e teria planejado o crime para se apropriar dos bens de Caio e do valor de um seguro de vida. Teria prometido R$ 10 mil a João Victor para executar o plano.
O crime, que ocorreu em abril de 2023 na zona rural de Jaguaraçu, ganhou notoriedade por seu grau de frieza e planejamento. Luith Silva Pires Martins, esposa da vítima, é acusada de planejar o assassinato com João Victor Bruno Coura de Oliveira. De acordo com o Ministério Público, a motivação seria financeira: Luith estaria endividada e teria planejado o crime para se apropriar dos bens de Caio e do valor de um seguro de vida. Teria prometido R$ 10 mil a João Victor para executar o plano.
Após o assassinato, a acusada teria ajudado o atirador a fugir até uma rodovia, e depois retornado ao local simulando um socorro ao marido.
Inicialmente, Luith relatou à Polícia Militar que um assaltante havia abordado o casal, exigido a bicicleta da caçamba do veículo, e então atirado contra Caio enquanto ele permanecia dentro da caminhonete. Posteriormente, afirmou que foi forçada a dar carona ao criminoso até uma rodovia próxima, onde ele teria desistido de roubar os celulares por suspeitar de rastreamento.
Porém, a versão da acusada foi enfraquecida após a prisão em flagrante de João Victor, de 21 anos, horas depois do crime. Ele teria confessado que o assassinato foi encomendado por Luith. Imagens de segurança mostraram os dois juntos no dia anterior ao homicídio.
 
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 Foto: Andressa Estevão/ PLOX  Além do homicídio qualificado, João Victor também responde por posse ilegal de arma de fogo. O revólver usado no crime foi localizado em sua residência no dia seguinte.
Com a nova revelação da perita, o caso volta a ganhar contornos inesperados. A fala de Gabriela pode levar o júri a reconsiderar o papel de cada um dos envolvidos e a própria sequência dos fatos. 
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 Foto: Andressa Estevão/ PLOX  O Ministério Público sustenta que o crime foi cometido por motivo torpe, mediante promessa de recompensa, e em circunstâncias que configuram emboscada e dissimulação. Essas qualificadoras podem levar a penas de até 30 anos de prisão para os réus.
O julgamento continua no Fórum de Timóteo com oitiva de testemunhas e análise dos novos elementos revelados durante a sessão.