Delegado Jorge Caldeira é ouvido como testemunha no julgamento do caso Caio Domingues em Timóteo
Julgamento de dupla acusada de matar ciclista segue com oitiva de testemunhas e detalhes sobre o crime planejado
Por Plox
07/08/2025 10h20 - Atualizado há 1 dia
No Fórum Doutor Geraldo Perlingeiro de Abreu, em Timóteo, teve continuidade nesta quinta-feira o julgamento de Luhith Silva Pires Martins, de 41 anos, e João Victor Bruno Couro de Oliveira, de 23.


Entre os depoimentos mais aguardados do dia, esteve o do delegado Jorge Caldeira, que falou como testemunha de forma remota. Sua participação compõe a fase de oitivas que marca o segundo dia de julgamento.

O comportamento dos réus segue atento e sereno. João Victor permanece calmo, enquanto Luhith demonstrou emoção apenas uma vez durante o dia anterior, ao ouvir a referência a um capacete e itens de ciclismo localizados no banco dianteiro do veículo. Ela respondeu à informação com um leve movimento de cabeça, confirmando.

As investigações apontam que o crime teve motivação financeira. Luhith teria oferecido R$ 10 mil a João Victor para executar o assassinato do marido, que se recusou a ajudá-la com dívidas.

O Tribunal do Júri também conta com ampla representação da defesa. João Victor tem dois advogados responsáveis por sua atuação, enquanto Luhith é representada por cinco profissionais. O processo tramita na Vara Criminal e da Infância e Juventude da Comarca de Timóteo. Na noite anterior, os trabalhos foram interrompidos, e os sete jurados — dois homens e cinco mulheres — foram levados a um hotel, onde permanecem isolados até o fim do julgamento.
“A motivação do crime foi exclusivamente financeira e tudo foi cuidadosamente planejado”, destacaram os promotores do caso
Se condenados, os acusados poderão cumprir pena de 12 a 30 anos de prisão pelo homicídio, além de responder por infrações previstas no Estatuto do Desarmamento.
O julgamento segue ao longo desta quinta-feira, com oitiva das demais testemunhas e os debates finais entre acusação e defesa.