Brasil conquista pódios e se aproxima de recorde histórico nos Jogos Paralímpicos de Paris 2024

Com vitórias no judô, natação, atletismo e halterofilismo, Brasil alcança 70 medalhas, ficando a duas do recorde das edições de Tóquio e Rio de Janeiro

Por Plox

07/09/2024 09h58 - Atualizado há 4 meses

A dois dias do encerramento dos Jogos Paralímpicos de Paris 2024, o Brasil celebra 70 pódios, após conquistar oito medalhas nesta sexta-feira (6). Com essa marca, o país está apenas a duas medalhas de igualar o recorde das edições anteriores, Tóquio 2020 e Rio 2016. O Brasil agora ocupa a sétima posição no quadro geral de medalhas, sendo superado em quantidade apenas por China, Grã-Bretanha e Estados Unidos.

Foto: Ale Cabral/CPB

Impacto do Bolsa Atleta

A expressiva participação do Brasil nos pódios é resultado, em grande parte, do programa Bolsa Atleta, do Ministério do Esporte. Mais de 63% dos paratletas brasileiros em Paris fazem parte da categoria mais alta do programa, a Bolsa Atleta Pódio. O ministro do Esporte, André Fufuca, destacou: “Chegamos ao mesmo número das competições anteriores a dois dias do fim dos Jogos, então tenho certeza de que superaremos essa marca, o que nos deixa muito felizes e mostra que todos os incentivos aos atletas estão funcionando”.

Natação: ouro, prata e bronze

A natação brasileira mais uma vez se destacou. Talisson Glock, de Santa Catarina, brilhou ao vencer os 400m livre da classe S6, garantindo o ouro após já ter conquistado prata e bronze nas provas anteriores. “Saio daqui completamente realizado, com medalhas de cada cor: duas de bronze, uma de prata e uma de ouro. Estou muito feliz e só tenho que agradecer a todos pelas mensagens de carinho que venho recebendo”, comemorou Talisson.

Gabriel Bandeira, de São Paulo, conquistou a prata nos 100m costas S14. Com essa vitória, Gabriel soma três medalhas em Paris, incluindo um bronze nos 100m borboleta e no revezamento 4x100m livre S14. “No geral, foi uma competição de muita resiliência, com altos e baixos. Senti que foi bastante conturbada, mas consegui fechar com o meu melhor tempo da vida e com o recorde das Américas”, destacou Gabriel.

Judô: ouro e prata para o Brasil

No judô, Alana Maldonado fez história ao conquistar o ouro na classe J2, tornando-se bicampeã paralímpica. Alana superou uma rival chinesa, contra quem havia perdido três vezes anteriormente. “Eu sonhei muito com esse momento, sonhei com o pódio, e Deus me fez acreditar que eu era capaz”, declarou a judoca. Já Brenda Freitas, da classe J1 até 70kg, conquistou a prata após ser derrotada pela chinesa Li Liu na final.

Atletismo: marcas históricas e novas conquistas

O atletismo trouxe resultados expressivos, com destaque para Thiago Paulino, que garantiu a prata no arremesso de peso classe F57, alcançando 15,06 metros. Com essa conquista, Thiago marcou a 200ª medalha do atletismo brasileiro na história dos Jogos Paralímpicos. Zileide Cassiano, em sua estreia paralímpica, conquistou a prata no salto em distância T20, com a marca de 5,76m.

A piauiense Antonia Keyla também brilhou, conquistando o bronze nos 1500m T20 e estabelecendo o novo recorde das Américas com o tempo de 4min29s40, superando sua própria marca anterior.

Halterofilismo: força e superação

No halterofilismo, a amazonense Maria de Fátima Castro garantiu o bronze na categoria até 67kg, com um levantamento de 133kg. Maria, que tem má-formação congênita nas pernas e conheceu o esporte em 2017, é estreante em Jogos Paralímpicos e já havia conquistado prata no Mundial de Halterofilismo de Dubai em 2023 na disputa por equipes femininas.

Com as competições ainda em andamento, o Brasil segue confiante em superar seu recorde histórico, impulsionado por atletas determinados e programas de incentivo que têm feito a diferença no paradesporto nacional.

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