Protestos contra STF e desfile em Brasília marcam o 7 de Setembro

Enquanto Brasília se prepara para um desfile cívico-militar de celebração e homenagens, São Paulo aguarda manifestações contrárias ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ao ministro Alexandre de Moraes neste 7 de Setembro. Na capital federal, o evento destacará realizações do governo e a reconstrução do Rio Grande do Sul, enquanto a Avenida Paulista será palco de protestos contra decisões recentes do ministro.

Protestos em São Paulo contra o STF

A manifestação na Avenida Paulista, convocada no mês passado, é uma resposta às ações de Alexandre de Moraes, que usou recursos do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) fora do procedimento padrão para embasar decisões contra aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A recente suspensão da rede social X no Brasil, ordenada pelo ministro após descumprimento de ordens judiciais pela plataforma, aumentou a insatisfação de seus opositores, que pretendem utilizar a manifestação para defender a liberdade de expressão.

Lideranças políticas como o ex-presidente Jair Bolsonaro, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), senadores, deputados federais e candidatos à Prefeitura de São Paulo, como Ricardo Nunes (MDB) e Marina Helena (Novo), confirmaram presença. Apesar disso, o ex-presidente deixou claro que o ato não terá cunho político-eleitoral, mesmo permitindo a participação de candidatos à prefeitura da capital paulista.

Influência de Elon Musk

O bilionário Elon Musk, proprietário da rede social X, também tem manifestado seu apoio às críticas contra o STF e Moraes, incentivando os brasileiros a se posicionarem contra as ações do ministro. Recentemente, Musk sugeriu que Moraes deveria enfrentar um processo de impeachment, contribuindo para o aumento das tensões em torno do protesto.

Desfile em Brasília celebra reconstrução e inclusão

Em contraste com o clima de protesto em São Paulo, Brasília sediará um desfile com o tema “Democracia e Independência! É o Brasil no Rumo Certo”, destacando as políticas inclusivas do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O evento, que deve reunir cerca de 30 mil pessoas, será organizado em três eixos principais:

G20: O desfile enfatizará a importância estratégica do encontro do G20, que ocorrerá no Rio de Janeiro em novembro, com mensagens de combate à fome, pobreza e desigualdade, além do foco na sustentabilidade.

Reconstrução do Rio Grande do Sul: Uma homenagem especial será feita ao esforço de reconstrução do Estado após o desastre climático de maio, com estudantes desfilando em trajes típicos gaúchos e uniformes alusivos aos voluntários que contribuíram para a recuperação da região.

Saúde: O evento também destacará a retomada de campanhas de vacinação e a ampliação dos serviços de saúde, incluindo o programa Mais Médicos, ressaltando a proteção da população e, em especial, das crianças.

Cortes e ajustes no desfile militar

Devido a restrições orçamentárias, o desfile contará com uma participação mais modesta das Forças Armadas, conforme explicado pelo ministro da Defesa, José Múcio Monteiro. Haverá menos aeronaves sobrevoando Brasília e a economia em recursos foi uma medida necessária diante do cenário econômico. Apesar dos ajustes, Múcio destacou que a relação entre as Forças Armadas e o governo está pacificada e que todos estão comprometidos com os objetivos do evento.

Atletas olímpicos e ampla participação

Além dos tradicionais desfiles militares, o evento contará com a participação de 31 atletas de alto rendimento, incluindo a judoca Beatriz Souza, medalhista de ouro nas Olimpíadas de Paris. A celebração envolverá aproximadamente 9.000 pessoas, entre militares, estudantes e atletas, com desfiles a pé, motorizados e montados. A segurança será reforçada por contingentes da Marinha, Exército, Aeronáutica e equipes de Segurança Pública, totalizando 4.882 profissionais dedicados ao evento.