Manifestantes de esquerda e direita ocupam SP no 7 de Setembro

Neste domingo, 7 de setembro, o feriado da Independência do Brasil será marcado por manifestações de cunho político em São Paulo, com mobilizações organizadas por grupos alinhados à esquerda e à direita do espectro ideológico.

Foto: Reprodução

A partir das 9h, na Praça da República, localizada no centro da capital paulista, está programado um ato promovido por movimentos sociais e partidos de esquerda. A mobilização foi batizada de “Povo Independente é Povo Soberano” e reúne nomes como o Partido dos Trabalhadores (PT), as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, centrais sindicais, partidos progressistas, grupos religiosos e outras entidades civis.

O objetivo da manifestação, segundo os organizadores, é defender os interesses nacionais contra supostas ameaças externas, além de reforçar o apoio ao julgamento em curso no Supremo Tribunal Federal envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete réus. A decisão da Primeira Turma do STF está prevista para o dia 12 de setembro.

No período da tarde, a partir das 15h, será a vez dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro se reunirem na Avenida Paulista. Com o nome “Reaja Brasil”, o evento foi convocado pelo pastor Silas Malafaia e terá como pauta principal o pedido de anistia aos presos pelos atos de 8 de janeiro, além de críticas contundentes ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.

A manifestação ocorre dias após Moraes autorizar uma ação de busca e apreensão contra o próprio Malafaia, cumprida no Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro. O celular do pastor foi apreendido durante a operação. De acordo com a decisão do ministro, ele teria atuado como “orientador e auxiliar das ações de coação” organizadas por Bolsonaro e pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), conforme aponta a Procuradoria-Geral da República.

A manifestação na Avenida Paulista deve contar com a presença de diversas lideranças da direita, como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), e o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG). Já Jair Bolsonaro, por estar em prisão domiciliar em Brasília, não participará do ato.

“A manifestação é uma resposta à tentativa de silenciar a direita brasileira”, declarou Silas Malafaia, organizador do ato na Paulista.

As manifestações ocorrem em um momento de forte tensão política no país, com diferentes interpretações sobre os rumos da democracia e do sistema judiciário.

Com discursos polarizados e a proximidade de julgamentos decisivos no STF, o 7 de Setembro deste ano promete ser um dos mais politizados dos últimos tempos.