Operação policial revela uso de betoneiras na produção de emagrecedores vendidos na internet

Ação conjunta da Polícia Civil fecha fábricas clandestinas em MG e GO; 29 presos e oito foragidos

Por Plox

07/09/2025 10h45 - Atualizado há 2 dias

Uma grande operação policial resultou na desarticulação de quatro fábricas clandestinas de medicamentos para emagrecimento falsificados, localizadas em cidades de Minas Gerais e Goiás. De acordo com a Polícia Civil, os produtos eram vendidos como naturais, mas continham substâncias controladas e potencialmente perigosas.


Imagem Foto:  POLÍCIA CIVIL GOIÁS / DIVULGAÇÃO


Para fabricar os remédios, os criminosos utilizavam até betoneiras — equipamentos normalmente usados na construção civil para misturar cimento. A ação, batizada de 'Operação Panaceia', foi coordenada pela Polícia Civil de Goiás, com o apoio da corporação mineira, e culminou na prisão de 29 pessoas.



As detenções aconteceram nas cidades de Uberlândia (MG), Ji-Paraná (RO), Goiânia, Paranaiguara, Rio Verde, São Simão e Quirinópolis (GO). A investigação foi conduzida pelo Grupo Especial de Repressão a Crimes Patrimoniais de Rio Verde.


Ao todo, foram cumpridos 51 mandados de busca e apreensão. Além disso, a Justiça autorizou o sequestro de 64 veículos e 63 imóveis pertencentes aos investigados, que segundo a polícia, faziam parte de uma organização criminosa estruturada e ativa em diversos estados brasileiros.



Segundo o delegado Márcio Henrique Marques de Souza, a investigação teve início após o envio de encomendas suspeitas pelos Correios. Laudos da Polícia Científica confirmaram que os produtos continham sibutramina, fluoxetina, cafeína e metformina — substâncias com potencial de causar dependência ou efeitos adversos graves.


Apesar das 29 prisões realizadas, oito pessoas apontadas como integrantes do grupo seguem foragidas da Justiça. Ainda conforme a polícia, o grupo utilizava diversas contas bancárias e movimentações financeiras incompatíveis com as rendas declaradas para ocultar o lucro obtido com a venda dos medicamentos ilegais.



Os envolvidos responderão por associação criminosa e falsificação de medicamentos. As investigações continuam para identificar os vínculos entre os presos e os foragidos, além de rastrear a possível distribuição dos produtos em outros estados do país.



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