Cientistas americanos conquistam Nobel de Medicina por descoberta sobre regulação genética

O Prêmio Nobel de Medicina foi concedido nesta segunda-feira (7) aos cientistas americanos Victor Ambros e Gary Ruvkun por suas descobertas relacionadas ao microRNA, uma nova molécula de RNA que desempenha um papel essencial na regulação da atividade genética.

“O Prêmio Nobel deste ano reconhece dois pesquisadores por sua descoberta de um princípio fundamental na regulação da atividade genética”, anunciou o júri em comunicado. Os microRNAs foram destacados como sendo "de importância crucial para o desenvolvimento e funcionamento dos organismos".

Ambros, de 70 anos, e Ruvkun, de 72, publicaram, em 1993, artigos separados que introduziram "um novo nível de regulação genética", contribuindo de forma decisiva para o campo. Ambos colaboraram em suas pesquisas, embora trabalhem de forma independente. Seus estudos utilizaram o verme 'C. elegans', com apenas um milímetro de comprimento, para entender os processos e momentos em que ocorrem mutações celulares.

No ano passado, o Nobel de Medicina foi entregue à húngara Katalin Kariko e ao americano Drew Weissman pelo desenvolvimento da tecnologia de RNA mensageiro, que possibilitou a criação das vacinas Pfizer/BioNTech e Moderna contra a Covid-19.

A premiação concede 11 milhões de coroas (aproximadamente cinco milhões e meio de reais), valor dividido entre os ganhadores. As outras categorias do Nobel serão anunciadas ao longo da semana: Física na terça-feira, Química na quarta, Literatura na quinta, e Paz na sexta-feira. O Prêmio de Economia, o mais recente a ser criado, encerrará a série na próxima segunda-feira.