PT enfrenta segundo turno apenas em duas cidades do abc, berço político do partido

Antipetismo e declínio sindical enfraquecem domínio tradicional do PT na região metropolitana de São Paulo

Por Plox

07/10/2024 11h31 - Atualizado há 14 dias

A região do ABC paulista, berço histórico do PT devido ao sindicalismo, terá o partido disputando o segundo turno apenas em Diadema e Mauá. Em Diadema, Filippi (PT) está atrás de Taka Yamauchi (PSDB), e em Mauá, Marcelo Oliveira (PT) enfrentará Átila, do União Brasil. A Grande São Paulo elegeu ao menos 11 prefeitos neste ano, consolidando-se como um bloco de centro e direita.

O ABC paulista, que inclui cidades como Santo André, São Bernardo do Campo e São Caetano, não reflete mais a imagem de "cinturão vermelho" dominado pelo PT em meio a grandes assembleias sindicais. Em Santo André, após uma gestão mal avaliada do PT, o PSDB se manteve no poder por dois mandatos com o prefeito Paulo Serra, e seu aliado Gilvan (PSDB) lidera a disputa atual. Em São Caetano, Tite Campanella (PL) venceu no primeiro turno.

Bandeira do PT Foto: Paulo Pinto/Agência PT

Em São Bernardo do Campo, a disputa será entre Marcelo Lemos (Podemos) e Alex Manente (Cidadania). O PT contava com a candidatura de Luiz Fernando Teixeira, irmão do ministro Paulo Teixeira, e apoiada pelo presidente Lula. No entanto, Teixeira terminou em terceiro lugar, mantendo a cidade sem uma gestão petista desde 2016.

Antipetismo e cenário sindical afetam o desempenho do partido

O partido esperava uma retomada de sua força na região, mas o antipetismo cresceu após o impeachment de Dilma Rousseff e a prisão do então ex-presidente Lula. O movimento sindical, tradicional aliado do PT, também sofreu forte declínio após a reforma trabalhista do governo Temer (MDB). A expectativa de retomar parte da influência política da região não se confirmou nesta eleição municipal.

Participação de lula no processo eleitoral

O presidente Lula votou em São Bernardo do Campo, acompanhado por aliados como o deputado Luiz Fernando Teixeira e ministros de seu governo. Na ocasião, Lula afirmou que as eleições são uma oportunidade para a população expressar suas escolhas e que possíveis erros em pleitos passados podem ser corrigidos em futuras votações, mencionando a presença de fake news e candidatos provocadores.

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