Exportações de carne suína atingem recorde histórico com 151,6 mil toneladas em setembro
Volume embarcado no mês cresce quase 26% e impulsiona receita para US$ 368,4 milhões; Filipinas lideram importações e Sul mantém hegemonia na produção.
Por Plox
07/10/2025 13h21 - Atualizado há 7 dias
O Brasil alcançou em setembro o maior volume de exportações de carne suína da história. O setor registrou um embarque total de 151,6 mil toneladas de carne — somando produtos in natura e processados —, um salto de 25,9% em relação ao mesmo mês de 2024. O desempenho inédito reflete a expansão da demanda global e consolida o país como potência mundial no segmento.

O recorde de volume veio acompanhado de um resultado financeiro igualmente expressivo: foram US$ 368,4 milhões em receita, o equivalente a cerca de R$ 2 bilhões, um crescimento de 29,9% na comparação anual. O acumulado de janeiro a setembro também registra avanço robusto — 1,121 milhão de toneladas exportadas, aumento de 13,2%, com faturamento de US$ 2,7 bilhões, 24,6% acima do registrado no mesmo período do ano anterior.
Entre os destinos internacionais, as Filipinas continuam liderando o consumo da carne suína brasileira. Somente em setembro, o país asiático importou 49 mil toneladas, volume 73,9% maior que o de 2024. O crescimento, porém, é generalizado: Japão (+32,4%), Vietnã (+39,8%), México (+55,8%), Argentina (+82,2%) e Geórgia (+120%) também ampliaram suas compras.
“Embora as Filipinas sejam o principal destino, o aumento da demanda é consistente em diversos mercados estratégicos. Essa diversificação é o que sustenta o ritmo forte das exportações e indica que o ano deve terminar com novos recordes”, destacou o presidente da ABPA, Ricardo Santin.
Os números refletem o protagonismo dos estados do Sul na produção nacional. Santa Catarina manteve a liderança com 72,7 mil toneladas embarcadas — alta de 17,4% em relação a 2024. O Rio Grande do Sul vem em seguida, com 35,7 mil toneladas (+39,6%), e o Paraná completa o pódio, com 25,3 mil toneladas (+35,5%). A concentração geográfica reforça o papel da região como principal polo exportador da suinocultura brasileira.
O setor encerra o terceiro trimestre em franca expansão e com perspectivas otimistas. A expectativa da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) é de que a demanda internacional continue em alta, especialmente com o avanço de novos acordos comerciais e a ampliação do mercado asiático. Caso o ritmo se mantenha, 2025 deverá fechar com os maiores números da história para o setor de carne suína no país.