Mecânico que atropelou mãe e filha na faixa de pedestre e fugiu é condenado a 12 anos de prisão

Jovem de 20 anos foi sentenciado a mais de 12 anos de prisão por atropelar mãe e filha em Vila Velha; criança de 5 anos morreu dois dias após o acidente

Por Plox

07/10/2025 09h19 - Atualizado há 7 dias

Pouco mais de um ano após o trágico atropelamento que tirou a vida de uma criança de cinco anos em Vila Velha, o mecânico Wenderson Fagundes, de 20 anos, foi condenado a 12 anos e oito meses de prisão em regime fechado. A sentença foi proferida na noite da segunda-feira, 6 de outubro de 2025.


Imagem Foto: Redes Sociais


O caso aconteceu no bairro da Glória, em 21 de agosto de 2024, quando Wenderson atropelou Mara Núbia Borges, de 32 anos, e sua filha Laura Beatriz, de apenas 5 anos, enquanto elas atravessavam a faixa de pedestres. A menina estava no colo da mãe no momento do impacto. Após o acidente, Laura foi socorrida e permaneceu internada por dois dias, mas não resistiu aos ferimentos.



No julgamento, Wenderson foi condenado por homicídio qualificado no caso da menina e absolvido da acusação de tentativa de homicídio contra a mãe, conforme informou o advogado de defesa, João Felipe Nicolau. "Conseguimos a absolvição dele com relação à vítima Mara. Quanto à Laura, ele foi condenado, mas sem as qualificadoras de dificultar a defesa da vítima ou de causar perigo comum às pessoas ao redor, declarou o advogado, ressaltando que o réu “não tinha intenção de atropelar ninguém”.

Na noite do acidente, Wenderson não prestou socorro às vítimas e só se entregou horas depois à polícia. Inicialmente, ele foi liberado após pagar fiança, mas logo teve a liberdade revogada e passou a aguardar o julgamento em prisão preventiva.



Durante a audiência, seis testemunhas foram ouvidas, entre elas o próprio réu, que exibiu um vídeo gravado antes da prisão, no qual pede desculpas à família das vítimas. Testemunhas relataram que o sinal estava aberto para os pedestres e fechado para os veículos no momento da colisão. Wenderson admitiu que dirigia acima do limite permitido de 60 km/h e a perícia indicou que o veículo poderia estar a até 95 km/h no momento do impacto.



A decisão marca o encerramento de um caso que comoveu moradores da região e reacendeu o debate sobre segurança no trânsito e respeito às leis nas vias urbanas.


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