Queimadas prejudicam milhares de clientes da Cemig no Vale do Aço

Um incêndio de grandes proporções atingiu recentemente o bairro Macuco, em Timóteo, provocando a morte de quatro cavalos e deixando cerca de mil unidades sem fornecimento de energia elétrica.

Foto: Divulgação

Este episódio se soma a uma sequência de ocorrências registradas em setembro, quando queimadas ao longo da BR-381 danificaram cinco postes e interromperam o serviço para aproximadamente 11 mil clientes nos municípios de Timóteo, Marliéria, Antônio Dias e Jaguaraçu.

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Dados divulgados pela Cemig revelam que, até o mês de agosto, a Região Metropolitana do Vale do Aço já havia registrado duas ocorrências semelhantes, afetando 6.500 clientes em cidades como Ipatinga e Santana do Paraíso. No total, a regional Leste — onde está localizado o Vale do Aço — foi a mais atingida por queimadas em Minas Gerais, com 46 registros e cerca de 57 mil pessoas impactadas pela falta de energia.

Além dos transtornos causados pela interrupção do fornecimento, as queimadas colocam vidas em risco e provocam sérios danos à rede elétrica. Postes, cabos e torres podem ser completamente destruídos pelas chamas, o que amplia o tempo necessário para restabelecimento do serviço.

O excesso de fumaça também representa risco à saúde, sobretudo nesta época do ano, quando doenças respiratórias tendem a se agravar" explica Felipe Ildefonso Mendonça, engenheiro do Centro de Operação da Cemig.

Para mitigar esses impactos, a companhia tem adotado medidas preventivas como limpeza de faixas de servidão, poda de árvores, retirada de vegetação próxima aos equipamentos e inspeções regulares nas linhas de transmissão.

Técnicas específicas também são aplicadas em regiões de maior risco, como a criação de aceiros ao redor dos postes de madeira e pintura das bases com tinta antichamas. Essas ações visam impedir que as chamas se alastrem e atinjam as estruturas da rede elétrica.

Segundo Mendonça, essas iniciativas têm ajudado a minimizar os impactos do fogo na rede elétrica, evitando a interrupção de energia para um número ainda maior de clientes".

A população também tem papel fundamental na prevenção. Medidas simples, como apagar completamente fogueiras em acampamentos, não descartar bitucas de cigarro em locais com vegetação e evitar deixar garrafas de plástico ou vidro ao sol, podem reduzir consideravelmente os riscos de incêndio.

É importante lembrar que provocar queimadas é crime e pode levar à prisão. Os prejuízos vão além da rede elétrica — hospitais, comércios e escolas ficam vulneráveis à falta de energia, comprometendo serviços essenciais.

Diante dos dados alarmantes e dos danos causados, cresce a importância da conscientização e de ações efetivas para conter as queimadas que continuam assolando o interior de Minas Gerais.