AstraZeneca enfrenta crise na China com prisão de diretor e investigações sobre práticas empresariais

Chefe de operações da AstraZeneca é preso enquanto investigações focam em coleta de dados e importação de medicamentos

Por Plox

07/11/2024 12h31 - Atualizado há cerca de 1 mês

Leon Wang, diretor das operações da AstraZeneca na China, foi detido pelas autoridades chinesas, conforme comunicado pela empresa britânica. A gigante farmacêutica confirmou que Wang está sob investigação, assim como outros funcionários, em meio a acusações de práticas potencialmente ilegais no país. A empresa informou à AFP que o executivo foi formalmente detido, destacando que a situação é um desdobramento das investigações iniciadas em setembro.

China como mercado estratégico para a AstraZeneca

A China ocupa uma posição estratégica para a AstraZeneca, que obteve amplo reconhecimento global com o desenvolvimento de uma das vacinas contra a Covid-19 amplamente utilizadas durante a pandemia. O mercado chinês é considerado essencial para o crescimento da empresa, tornando as investigações e a prisão de seu principal executivo no país questões sensíveis que podem afetar suas operações e reputação na região.

Suspeitas sobre coleta de dados e importação de medicamentos

A origem das investigações remonta a denúncias de que a AstraZeneca estaria envolvida na coleta de dados de pacientes de forma potencialmente ilegal. Autoridades chinesas suspeitam que a empresa possa ter violado as rígidas leis de privacidade do país, intensificadas nos últimos anos. Outro foco das investigações envolve a importação de um medicamento para tratamento de câncer de fígado que, segundo informações da Bloomberg, não recebeu aprovação para comercialização na China continental.

Investigações em Shenzhen

Em setembro, as autoridades chinesas em Shenzhen iniciaram uma investigação sobre cinco cidadãos chineses, incluindo funcionários e ex-funcionários da AstraZeneca. A suspeita sobre a empresa ganhou maior relevância com o questionamento sobre sua prática de importação de medicamentos e o tratamento de dados pessoais, temas que são particularmente sensíveis na legislação de privacidade e saúde chinesas.

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