Polícia Federal investiga fraude de R$ 260 milhões em empresa de criptomoedas

Ação policial cumpre mandados de prisão e busca e apreensão em São Paulo e no Rio de Janeiro; esquema teria prejudicado cerca de 10 mil investidores.

Por Plox

07/11/2024 08h57 - Atualizado há cerca de 1 mês

Nesta quinta-feira (07), a Polícia Federal deflagrou a "Operação Profeta", focada em desarticular um esquema de fraudes financeiras que envolve uma empresa de investimentos em criptomoedas, acusada de causar prejuízos superiores a R$ 260 milhões a cerca de 10 mil investidores no Brasil. A operação acontece nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, onde estão sendo cumpridos 10 mandados de busca e apreensão, além de um mandado de prisão.

PF Divulgação

Transferências suspeitas para contas no exterior

De acordo com as investigações, a empresa desviava recursos de seus clientes sem autorização, transferindo quantias significativas para contas no exterior. O montante desviado foi retirado sem o consentimento dos investidores, que acreditavam estar aplicando seu dinheiro em operações legítimas de criptomoedas.

Estrutura complexa de captação de recursos

O esquema envolvia uma sofisticada rede para atrair investidores, prometendo lucros em operações financeiras de criptomoedas. A empresa recebia aportes financeiros que, posteriormente, eram transferidos para fora do país por meio de corretoras, compondo um circuito financeiro que dificultava a rastreabilidade dos fundos. A operação foi nomeada "Profeta" em referência à estratégia do principal investigado, que utilizava temas religiosos para convencer as vítimas a confiar seu dinheiro ao esquema.

Delitos financeiros e crimes transnacionais

As apurações indicam a prática de uma série de crimes financeiros. Entre eles estão a apropriação indevida de valores dos investidores, a negociação de títulos e valores mobiliários sem o devido registro, a operação de instituição financeira sem autorização e a evasão de divisas. A Polícia Federal também aponta a prática de crimes como a administração irregular de carteiras de investimentos, organização criminosa transnacional e lavagem de dinheiro com o uso de ativos virtuais.

Destaques