Câmeras de segurança registraram o momento do último contato do barbeiro Herick de Jesus Luz, de 23 anos, com sua família antes de desaparecer durante uma viagem ao litoral paulista com a namorada.

O jovem, morador de Uberlândia (MG), visitava o Guarujá desde sábado (1º). Já naquele dia, enviou mensagens à mãe relatando estar sendo acusado de roubo e ameaçado por pessoas que tentavam matá-lo. Ele pediu que a mãe acionasse a polícia.

Contato em adega e pedido de socorro

No domingo (2), Herick foi visto por câmeras em uma adega no bairro Ponta da Praia, em Santos. Enquanto falava ao telefone com a mãe, pediu para ser buscado no local e compartilhou sua localização. Pouco depois, avisou a uma funcionária que iria sozinho para a rodoviária, saindo do estabelecimento sem ser mais localizado.

Durante a ligação, Herick parecia confuso e indagou à mãe sobre buscá-lo. A mãe respondeu que estavam em cidades diferentes, já que ele pensava estar em São Paulo, mas estava em Santos. Em meio ao diálogo, uma viatura da Polícia Militar passou nas imediações, mas Herick não reagiu.

Comportamento alterado antes do sumiço

Bruna Guerreiro, atendente da adega, permitiu que Herick carregasse o celular e relatou que ele estava bem desorientado e usava roupas rasgadas. Segundo Bruna, ele parecia uma pessoa tranquila, pediu um salgado antes de fazer a chamada e forneceu o número da mãe para conseguir se comunicar. Porém, evitou que a funcionária conversasse com a mãe para explicar a situação e preferiu sair sozinho. Ao se despedir, agradeceu pela ajuda.

Fuga e registro do desaparecimento

De acordo com Veronica José Luz, mãe de Herick, ele sofreu um surto enquanto estava na praia com a namorada e manifestou medo de estar sendo perseguido. A namorada relatou que Herick retornou agitado à pousada, alegando que havia homens no local, e conseguiu sair do quarto pouco depois, enviando novas mensagens à mãe em tom desesperado.

Preocupada com o sumiço do filho, a mãe registrou um boletim de ocorrência no 1º Distrito Policial de Santos. O documento destaca que Herick utilizava maconha, não fazia uso de medicamentos controlados e não tinha histórico de transtornos psiquiátricos. Desde então, a Polícia Civil realiza diligências na tentativa de localizá-lo e esclarecer os fatos, conforme informou a Secretaria de Segurança Pública paulista.