A professora Jussara Fernandes, de 62 anos, foi indiciada pela Polícia Civil após confessar ter matado o namorado, Alex Sandro da Silva Roca, com 40 golpes de tesoura e enterrado o corpo no quintal da residência do casal, em Bebedouro, no interior de São Paulo. Ela está presa desde o dia 24 de outubro.

Inquérito foi encaminhado à Justiça

De acordo com a Secretaria da Segurança Pública (SSP), a Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Bebedouro conduziu o inquérito policial que já foi relatado e enviado ao Poder Judiciário. Jussara responde por homicídio e ocultação de cadáver.

Descoberta do crime e prisão

A prisão da professora ocorreu após a Guarda Civil Municipal (GCM) e a Polícia Civil receberem informações sobre um possível crime de homicídio e ocultação de cadáver no imóvel onde ela morava. No local, as equipes localizaram Alex Sandro enterrado no quintal da casa.

Jussara confessou ter desferido os golpes de tesoura após um desentendimento com o companheiro, alegando que havia sido agredida e agiu em legítima defesa. Além de matar o namorado, ela ocultou o corpo na própria residência.

Participação de terceiro e extorsão

Segundo informações do secretário da Segurança de Bebedouro, após perceber que havia matado Alex Sandro, a professora pediu auxílio a um homem em situação de rua, conhecido como Malabarista, para cavar uma cova no quintal.

Inicialmente, Jussara teria dito que se tratava do enterro de um cachorro de grande porte. Porém, devido ao tamanho da escavação, Malabarista percebeu que era um corpo humano e reconheceu a vítima.

Mesmo ciente do crime, ele continuou com o serviço após receber R$ 50 da professora e, posteriormente, passou a exigir mais dinheiro para não denunciá-la às autoridades. Malabarista também foi preso em flagrante e deve responder por ocultação de cadáver.

Investigação da morte do ex-marido

Com a prisão de Jussara, a polícia passou a investigar a morte do ex-marido dela, Walter Gilmar de Pádua Carneiro, de 65 anos, ocorrida em janeiro. Na ocasião, a causa da morte foi registrada como afogamento.

Agora, a polícia pretende solicitar a exumação do corpo de Carneiro em novo inquérito para apurar se houve participação da professora na morte do ex-marido.