A Secretaria Estadual da Educação de São Paulo (Seduc-SP) está investigando suspeitas de vazamento no Provão Paulista, a avaliação que garante vagas em universidades como USP, Unesp, Unicamp e Fatec, exclusiva para alunos da rede pública estadual.

Casos sob investigação envolvem uso indevido de celular

De acordo com apuração do g1, pelo menos seis situações estão sob análise. Alunos teriam fotografado trechos do exame e divulgado as imagens nas redes sociais, como TikTok e Instagram. Segundo a Seduc-SP, essas ocorrências envolvem indisciplina de estudantes que utilizaram celulares durante a prova, prática proibida em qualquer vestibular ou concurso no país.

Medidas aplicadas e segurança reforçada

A Secretaria informou que não houve vazamento prévio do conteúdo nem antecipação de resultados. Nos casos confirmados, a empresa responsável pela aplicação, Vunesp, já identificou pelo menos quatro estudantes envolvidos, levando à desclassificação imediata conforme previsto no regulamento.

Repercussão e denúncias nas redes sociais

Nas redes, postagens com a hashtag #provaopaulista mostraram alunos burlando as regras ao entrar com celulares escondidos e compartilhando trechos do exame. Nos comentários da página oficial do governo paulista no Instagram, estudantes relataram suposta flexibilização por parte de alguns professores para favorecimento de resultados em certas escolas.

Há relatos de candidatos relatando o uso de ferramentas digitais não autorizadas, como o ChatGPT, e alegando que parte dos fiscais fez vista grossa para infrações durante o Provão Paulista.

Estudantes manifestam frustração

Alunos insatisfeitos registraram críticas às irregularidades. Em uma dessas manifestações, uma estudante expressou sua decepção ao observar fraudes após anos de preparação. Outros relataram o descaso de profissionais e participantes que, segundo eles, comprometeram a oportunidade de muitos que dependem do exame para acessar o ensino superior.

Governo mantém investigação e defende lisura do exame

A gestão estadual ressalta que apura todas as denúncias e defende que o sigilo da avaliação foi mantido na maioria das unidades, favorecendo mais de 375 mil estudantes da rede.

A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo esclarece não houve qualquer antecipação de resultado nem acesso prévio ao conteúdo das provas do Provão Paulista. Durante a aplicação, foram identificadas ocorrências pontuais de indisciplina, como o uso indevido de celular por alguns alunos. Todos os registros feitos por alunos ocorreram durante o período regular de aplicação, enquanto as avaliações eram realizadas simultaneamente em todas as escolas. As provas dos alunos envolvidos foram imediatamente anuladas, conforme previsto no regulamento. A equipe responsável pela avaliação reforça que esses episódios são isolados e a integridade e a credibilidade do exame estão preservadas. Além disso, as medidas de segurança já foram reforçadas, e os diretores das unidades devidamente orientados quanto aos procedimentos de fiscalização. Nota do governo de SP

O Provão Paulista segue sendo aplicado normalmente em todo o estado e representa uma das principais portas de entrada para universidades públicas para os estudantes paulistas, segundo comunicado oficial.