EUA mandam aviões militares para proteger Guiana de invasão da Venezuela

As manobras, conforme declarado pela Embaixada dos EUA na Guiana, visam reforçar a segurança local

Por Plox

07/12/2023 13h59 - Atualizado há mais de 1 ano

Em uma resposta direta às recentes ações da Venezuela, os Estados Unidos anunciaram a realização de exercícios militares aéreos conjuntos com a Guiana nesta quinta-feira (7). Esta ação marca o primeiro movimento significativo do exército norte-americano na região desde o controverso referendo realizado pela Venezuela no último domingo (3), propondo a anexação de Essequibo, território atualmente sob controle da Guiana, mas reivindicado pela Venezuela.

Foto: Governo americano

As manobras, conforme declarado pela Embaixada dos EUA na Guiana, visam reforçar a segurança local e são parte de uma cooperação militar estabelecida desde 2022 entre os EUA e a Guiana. Contudo, o contexto atual da crise entre a Guiana e a Venezuela sugere uma natureza não rotineira para estes exercícios. Ronaldo Carmona, especialista em geopolítica da Escola Superior de Guerra, expressou ao g1 que os EUA, através destas manobras, buscam dissuadir qualquer tentativa militar da Venezuela sobre Essequibo, além de se posicionar estrategicamente na Amazônia.

Adicionalmente, o presidente dos EUA, Joe Biden, recentemente intensificou discussões sobre estratégias de defesa com a Guiana e há planos em consideração para estabelecer uma base militar americana em Essequibo.

As tensões na região escalaram com o desaparecimento de um helicóptero militar guianês sobre Essequibo na quarta-feira, levando a bordo cinco oficiais de alto escalão do exército da Guiana. As Forças Armadas da Guiana relataram que a aeronave foi encontrada hoje com "sinais positivos de vida", embora detalhes sobre a localização do acidente e o resgate dos ocupantes ainda não tenham sido divulgados.

Esta manobra militar dos EUA ocorre em um momento crítico, refletindo as crescentes tensões geopolíticas na América do Sul, particularmente entre a Guiana e a Venezuela, e destaca o envolvimento internacional no conflito sobre a região de Essequibo.

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