Sérgio Moro depõe no TRE-PR e rejeita questionamentos de PT e PL

O senador Sérgio Moro (União Brasil-PR), ex-juiz da operação Lava Jato e ex-ministro da Justiça, prestou depoimento nesta quinta-feira (7) no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), em Curitiba. Moro é alvo de duas Ações de Investigação Judicial Eleitoral (AIJEs), iniciadas por PT e PL, que o acusam de uso indevido dos meios de comunicação e de caixa dois durante a pré-campanha eleitoral para as eleições de 2022.

As alegações contra Moro incluem o suposto desequilíbrio eleitoral gerado por sua pré-campanha, desde sua filiação ao União Brasil e anúncio de pré-candidatura à presidência, culminando em sua eleição ao Senado. Um dos pontos de controvérsia é o possível uso de recursos do Fundo Partidário e do Fundo Especial de Campanha para a promoção de sua imagem enquanto pré-candidato.

Durante a sessão de oitiva, com duração aproximada de 45 minutos, Moro optou por não responder às questões formuladas pelos representantes legais de PT e PL, concentrando-se nos questionamentos do desembargador Luciano Carrasco Falavinha.

Em uma entrevista concedida à "CNN Brasil" após o depoimento, Moro classificou as ações judiciais contra ele como um “castelo de cartas”, motivadas por uma perseguição política, especialmente do PT, e por "oportunistas" do PL, que ele venceu nas eleições para o Senado. "Todas as alegações não se sustentam. Fizeram um carnaval quando propuseram as ações, falaram que tinha caixa dois, que tinha desvio, e quando se vê o processo não tem nada, não prova nenhuma disso, até porque esses fatos não ocorreram", declarou Moro.