Polícia detém quatro suspeitos por envolvimento na morte de delator do PCC; dois outros já estavam presos
Investigação avança com prisão de suspeitos e apreensão de munições; defesa nega envolvimento de um dos detidos
Por Plox
07/12/2024 11h27 - Atualizado há 4 dias
Quatro pessoas foram detidas neste sábado (7) sob suspeita de participação na execução de Vinicius Gritzbach, delator da facção criminosa PCC, assassinado em 8 de novembro no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos. Após depoimentos no Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), três dos detidos foram liberados, enquanto a quarta pessoa permanece presa. A Polícia Civil já solicitou a prisão temporária dessa última.
Outros dois suspeitos de envolvimento no crime haviam sido presos na sexta-feira (6) por porte ilegal de munições de uso restrito. Entre eles, está Marcos Henrique Soares, apontado como uma das pessoas que teria ajudado na fuga dos mandantes do homicídio.
Prisão de suspeito na Zona Leste de São Paulo
A captura de Marcos Henrique Soares ocorreu após o trabalho de inteligência da força-tarefa da Secretaria de Segurança Pública (SSP), que localizou o suspeito em um imóvel na Zona Leste de São Paulo. Policiais da Rota acompanharam seus movimentos e efetuaram a prisão no momento em que ele retornava para o local. Durante a ação, foram apreendidas munições de fuzis calibres 556 e 762, além de celulares.
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), destacou a prisão nas redes sociais: "Após um trabalho de inteligência, policiais de ROTA acabam de prender um dos criminosos envolvidos no assassinato de Vinicius Gritzbach, ocorrido no aeroporto de Guarulhos. Ele foi preso com munições de fuzil calibres 556 e 762 e está sendo conduzido ao DHPP", escreveu.
Defesa de suspeito alega inocência
A defesa de Marcos Henrique Soares nega qualquer envolvimento no crime. Em nota, o advogado Luiz Eduardo de Almeida Santos Kuntz destacou que Marcos é bacharel em Direito, tem 22 anos, aguarda a segunda fase do exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e trabalha como estagiário em um escritório de direito empresarial.
De acordo com a defesa, o jovem "tem vida absolutamente imaculada e sem qualquer passagem policial". O advogado afirmou ainda que as munições encontradas não pertencem ao seu cliente e que a defesa "tem diversos meios para provar" que as acusações são falsas. Além disso, a defesa alega que o mandado de busca e apreensão não foi apresentado durante a operação policial.
Apreensões e depoimentos reforçam investigação
A investigação sobre a execução de Vinicius Gritzbach também incluiu buscas no apartamento da vítima na quarta-feira (4). Durante a ação, foram apreendidos um celular, um computador, um cofre e documentos que podem auxiliar na elucidação do crime.
A namorada de Vinicius, que presenciou o assassinato, prestou um depoimento complementar na terça-feira (3) na delegacia. O teor do depoimento não foi divulgado pela Secretaria de Segurança Pública, mas as informações estão sendo utilizadas para reforçar as linhas de investigação.