Chuva causa morte, enchentes e desabamentos em São Paulo; CET suspende rodízio

Na tarde desta quarta-feira (8), uma forte chuva atingiu a cidade de São Paulo, causando transtornos e deixando uma vítima fatal. A tempestade provocou 13 pontos de desabamento e 29 de alagamento, incluindo 17 intransitáveis.

Uma mulher morreu afogada dentro de um carro submerso na rua Gaivota, no bairro de Moema, zona sul da cidade. Os bombeiros tentaram reanimá-la, mas ela acabou falecendo. A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) suspendeu o rodízio municipal de veículos em decorrência da chuva.

 

O Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas da Prefeitura de São Paulo informou que todas as regiões da capital paulista entraram em estado de atenção para alagamentos. Em alguns bairros, como Itaquera, Penha e Ipiranga, o estado chegou a alerta, quando há enchentes e transbordamentos de rios.

Além disso, a chuva provocou a queda de árvores em diversas áreas da cidade, como na avenida Vila Ema, na zona leste, que ficou interditada.

A Defesa Civil orientou os motoristas a evitarem áreas alagadas e procurarem o caminho mais seguro. Em caso de inundação, a recomendação é deixar o veículo e buscar abrigo em locais mais altos.

A chuva também causou danos em outras estruturas, como o Insper (Instituto de Ensino e Pesquisa), na Vila Olímpia, zona oeste, onde o teto de uma sala desabou devido a um vazamento causado pelo rompimento de um ralo no 5º andar.

As aulas foram mantidas, e não houve feridos. Em Mauá, na Grande São Paulo, a queda de um telhado deixou duas crianças com ferimentos leves.

De acordo com o Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas, áreas de instabilidade vindas do interior, formadas pelo ar quente e úmido, continuam em atuação na capital paulista, e há potencial para mais queda de granizo e alagamentos.

Este início de 2023 tem sido especialmente chuvoso em todo o estado de São Paulo. O temporal que atingiu o litoral norte no fim de semana do Carnaval deixou 65 mortos e fez com que fevereiro deste ano se tornasse o terceiro mais chuvoso do estado desde 1943.

A Defesa Civil Estadual já previa que o litoral norte paulista seria atingido por fortes chuvas em fevereiro deste ano, com 200 mm de precipitação, mas o que se viu foi um fenômeno muito maior, explicado pelo choque de diferentes sistemas climáticos.

Desde o início do ano, diversas mortes foram registradas em São Paulo devido à chuva e enchentes, reforçando a importância de precauções e medidas preventivas em casos de tempestades.