Segurança em viagem: Brasil é segundo em lista de risco para turistas mulheres

Índice de Perigo para Mulheres classifica destinos turísticos com base em segurança e violência de gênero

Por Plox

08/03/2024 07h47 - Atualizado há 2 meses

O Brasil ocupa a segunda posição no ranking dos países mais perigosos para as mulheres viajarem sozinhas, de acordo com o mais recente Women’s Danger Index. A pesquisa, que visa alertar sobre os riscos enfrentados por mulheres em diferentes destinos turísticos globais, coloca a África do Sul em primeiro lugar, seguida por nações como Rússia, México e Irã, cada qual com desafios significativos relacionados à violência de gênero e segurança nas ruas.

Foto: Pixabay/Reprodução

Este estudo foi conduzido pelos jornalistas Asher e Lyric Fergusson, que analisaram os 50 países turísticos mais populares baseando-se em critérios como violência física ou sexual, discriminação contra mulheres, feminicídios, equidade de gênero e a sensação geral de segurança. Segundo a pesquisa, apenas 28% das mulheres no Brasil sentem-se seguras ao caminhar sozinhas à noite, uma estatística alarmante que reflete a preocupante realidade da violência de gênero no país.

A tragédia recente envolvendo a influencer brasileira Fernanda Santos, que sofreu um estupro coletivo na Índia, ilustra os perigos enfrentados por mulheres ao viajar, mesmo quando acompanhadas. O incidente chocante ocorreu em 1º de março, no Estado de Jharkhand, Índia, quando ela e o marido foram atacados por um grupo de oito homens, destacando a vulnerabilidade das viajantes femininas.

Em contraste, países como Espanha, Singapura e Irlanda lideram a lista dos destinos mais seguros, oferecendo um ambiente mais acolhedor para as mulheres que optam por aventurar-se sozinhas. A liberdade e a flexibilidade são citadas como as principais razões para viajar sem companhia, conforme aponta um estudo da Solo Female Travellers Club, que revela que 53% das entrevistadas preferem viajar sozinhas por escolha própria.

Para as aventureiras que não desistem da experiência de viajar sozinhas, especialistas como Carlos Eduardo Pereira, diretor-executivo da Bancorbrás, recomendam medidas de precaução como a escolha cuidadosa da hospedagem, o planejamento detalhado dos percursos e a garantia de um bom acesso à internet para manter contato com amigos e familiares.

À luz dos dados apresentados, é crucial que as viajantes se informem sobre os destinos escolhidos e tomem precauções adicionais para garantir sua segurança e bem-estar em viagens solo, especialmente nos países identificados como mais perigosos pelo Women’s Danger Index.

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