Fuga cinematográfica: Relato de um foragido de Mossoró

Fugitivos de presídio federal são recapturados após grande operação

Por Plox

08/04/2024 08h46 - Atualizado há 4 meses

Rogério da Silva Mendonça, também conhecido como Martelo, em uma descrição impressionante sobre sua fuga da Penitenciária Federal de Mossoró, comparou a experiência a um filme de ação. Em suas palavras durante ligações interceptadas pela Polícia Federal, ele detalhou o início da fuga "no cerrado, imprensado", até alcançar a liberdade, destacando a presença de helicópteros e drones na perseguição. Estas ligações foram captadas com a autorização judicial e divulgadas pelo programa Fantástico, da TV Globo. Mendonça, juntamente com Deibson Cabral Nascimento, conhecido como Tatu ou Deisinho, ambos monitorados pela PF, compartilharam momentos de alívio e planos futuros, mencionando a expectativa de sair do país através de uma rota aquática.

 

— Foto: Ministério de Justiça e Segurança Pública

Detenção após extensa busca
A captura dos dois homens, juntamente com outros quatro cúmplices, ocorreu após 50 dias de intensas buscas, culminando em uma operação na ponte sobre o rio Tocantins. Eles tentavam deixar o Brasil, seguindo uma rota que os distanciava cerca de 1.600 km do ponto de fuga inicial. A prisão não apenas evidenciou a complexidade e os recursos empregados na fuga, como também trouxe à tona o apoio externo recebido pelos fugitivos, conforme apontado pelo ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski.

Custo e esforços da operação de recaptura
A busca pelos foragidos representou um desafio logístico e financeiro significativo, com o governo federal desembolsando R$ 6 milhões ao longo de 50 dias. Este esforço envolveu um vasto aparato de segurança, incluindo drones, helicópteros e centenas de policiais. A operação não apenas destacou a tenacidade das forças de segurança, mas também a vulnerabilidade do sistema penitenciário federal, que sofreu sua primeira fuga desde a criação em 2006.

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