Fim de um relacionamento: esquecer um ex pode levar até 8 anos, diz estudo

O fim de um relacionamento pode ser um processo doloroso e prolongado. Um estudo recente trouxe à tona dados surpreendentes sobre o tempo necessário para que as pessoas superem de fato um ex-parceiro, revelando que a maioria leva muito mais tempo do que o esperado para se desvincular emocionalmente.

Foto: Pixabay

Realizado com 328 participantes, com idade média de 30 anos, o levantamento apontou que o vínculo emocional começa a se dissolver parcialmente após aproximadamente quatro anos. Contudo, para que esse laço desapareça por completo, seriam necessários cerca de oito anos, segundo os cientistas.

A análise foi além do fator tempo e investigou os elementos que interferem na superação. Entre eles, destacam-se a intensidade da relação, o contato contínuo com o ex-parceiro, a existência de filhos e o início de novos relacionamentos. Um dado que chama atenção é que engatar um novo romance não acelera a recuperação emocional, contrariando o senso comum.

Outro ponto importante é o impacto da comunicação com o ex após o término. Manter contato frequente — seja por mensagens, redes sociais ou encontros — pode dificultar ainda mais o processo de desligamento emocional, retardando a superação.

No caso de casais com filhos, os pesquisadores observaram que o apego inicial tende a ser maior, mas essa ligação diminui mais rapidamente quando as interações são centradas nos filhos, e não na antiga relação afetiva.

A pesquisa também identificou uma parcela dos participantes que, mesmo com o passar dos anos, não conseguiu romper totalmente os laços emocionais com o ex-companheiro. Essa condição foi considerada natural pelos estudiosos, que atribuíram o fenômeno à intensidade e profundidade com que algumas conexões são vividas.

A conclusão reforça a ideia de que não existe um tempo exato para superar o fim de um relacionamento. Cada pessoa passa por esse processo de maneira única, influenciada por diversos fatores emocionais e contextuais. O que a ciência confirma, no entanto, é que esse caminho pode levar anos — e não meses, como muitos imaginam.