Idoso morre após beber água de coco estragada guardada por um mês
Fruta havia sido mantida fora da geladeira e apresentou fungo raro que causou danos cerebrais graves em dinarmaquês de 69 anos
Por Plox
08/04/2025 10h18 - Atualizado há 15 dias
Um idoso dinarmaquês de 69 anos morreu após ingerir água de coco contaminada, que havia sido armazenada incorretamente por cerca de um mês em temperatura ambiente, sobre a mesa da cozinha.

De acordo com a revista científica Emerging Infectious Diseases, a vítima começou a apresentar sintomas apenas três horas após o consumo. O homem teve episódios de suor excessivo, náusea, vômitos, confusão mental, palidez e perda de equilíbrio. A bebida foi ingerida diretamente da fruta com o uso de um canudo, e ele relatou à esposa que o sabor estava estranho. Ao abrir o coco, notou que o interior estava viscoso e com aparência de estragado.
O coco já havia sido previamente descascado, expondo a carne branca na parte superior. Isso facilitou o acesso ao seu interior, permitindo o desenvolvimento de microrganismos. A recomendação para esse tipo de fruta é que, uma vez aberta ou descascada, seja armazenada sob refrigeração entre 4°C e 5°C. A publicação científica alerta que cocos abertos devem ser consumidos em até cinco dias quando mantidos refrigerados, enquanto os inteiros podem durar meses fora da geladeira.
Após o surgimento dos sintomas, o homem foi levado ao hospital, onde os médicos identificaram um inchaço cerebral severo. Apesar do tratamento intensivo para encefalopatia metabólica, ele foi declarado com morte cerebral 26 horas após a internação. A autópsia revelou a presença de fungos crescendo na traqueia do paciente. Exames identificaram o fungo Arthrinium saccharicola no organismo e no coco. Esse microrganismo produz uma toxina altamente nociva, capaz de causar danos graves ao cérebro, resultando na tragédia.