Mistério em cemitério: corpo de idosa desaparece após sepultamento

O desaparecimento do corpo de uma idosa no cemitério São Miguel, localizado em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, tem causado perplexidade e dor à família. Jorgina Tavares, de 74 anos, morreu em agosto do ano passado, vítima de um câncer, e foi sepultada no local.

Foto: Redes Sociais

A suspeita de que algo estava errado surgiu quando seu filho, Gilbert Tavares da Matta, percebeu alterações no túmulo durante uma visita recente. A tampa da sepultura havia sido substituída, supostamente pela administração do cemitério, sem qualquer tipo de autorização familiar. Essa mudança ocorreu em fevereiro e, por já ter vivido uma situação parecida em 2022 — quando o corpo de seu irmão mais velho foi exumado sem permissão —, Gilbert decidiu agir e exigiu a abertura da sepultura.

Foi na sexta-feira, dia 5 de abril, que a realidade veio à tona: o corpo sepultado não era o de sua mãe. A descoberta chocante levou o filho a registrar um boletim de ocorrência, mobilizando agora a Polícia Civil do Rio de Janeiro, que abriu uma investigação sobre o caso.

Segundo informações da corporação, a 72ª Delegacia Policial de São Gonçalo está conduzindo a apuração. A perícia foi acionada, e Gilbert já foi ouvido pelas autoridades. Além disso, o responsável pela administração do cemitério também deverá prestar depoimento. Outras diligências estão em andamento para esclarecer o ocorrido.

A Prefeitura de São Gonçalo se manifestou e afirmou que abriu uma sindicância interna para averiguar o desaparecimento do corpo. A administração do cemitério busca junto à funerária informações que possam esclarecer se houve erro na documentação ou troca na numeração das sepulturas, uma vez que dois enterros aconteceram no mesmo dia.