Mudanças nos cheques buscam maior segurança e inclusão
O Banco Central (BC) anunciou medidas para modernizar e aumentar a segurança desse instrumento de pagamento, dificultando a falsificação de cheques.
Por Plox
08/05/2023 09h34 - Atualizado há mais de 1 ano
A partir de 2 de outubro, os cheques no Brasil passarão por mudanças significativas. O Banco Central (BC) anunciou medidas para modernizar e aumentar a segurança desse instrumento de pagamento, dificultando a falsificação de cheques. Além disso, a possibilidade de uso do nome social nos talões de cheque também será implementada, seguindo o exemplo do Pix.
Novo padrão e papel das instituições financeiras
Uma das principais alterações anunciadas pelo BC é a transferência da regulação do modelo-padrão dos cheques para as instituições financeiras. Até então, essa responsabilidade cabia ao próprio BC, que definia as características do modelo adotado.
As instituições financeiras deverão comunicar os ajustes ao BC 30 dias antes de sua implementação. No entanto, espera-se que não haja mudanças significativas, já que isso implicaria em custos elevados de adaptação.
Nome social nos talões de cheque
Outra novidade é a inclusão do nome social nas folhas dos talões de cheque, assim como já ocorre no Pix. Para solicitar a alteração, basta que o usuário entre em contato com seu banco.
Mudança na participação do BC no Grupo Compe
Em relação ao Grupo Consultivo Para Assuntos de Compensação (Grupo Compe), o BC deixará de ser membro permanente, passando a ter papel de observador nesse colegiado. Segundo o BC, essa mudança não implicará em riscos de descontinuidade às atividades do grupo e permitirá maior eficiência ao delimitar a atuação direta da autarquia nos assuntos de sua competência. O representante da instituição participará de reuniões e atividades do grupo apenas quando necessário.
Uso de cheques em declínio
Embora a utilização de cheques esteja diminuindo ao longo dos anos, com uma redução de 97% em 27 anos, o BC registrou movimentações de R$ 667 bilhões pela modalidade em 2021 e R$ 666 bilhões em 2022, demonstrando que ainda há relevância nesse meio de pagamento.