Empresas do Vale do Aço dobram busca por crédito e recebem R$ 24 milhões no início de 2025

BDMG amplia financiamento com juros reduzidos e libera R$ 10 milhões apenas pelo programa Solidário para empresas atingidas por chuvas

Por Plox

08/05/2025 14h03 - Atualizado há 1 dia

Empresas de diferentes portes no Vale do Aço, em Minas Gerais, começaram o ano de 2025 com impulso renovado graças ao aumento na liberação de créditos por parte do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG). Somente entre janeiro e março, foram destinados R$ 24 milhões para fomentar negócios na região — mais que o dobro do registrado no mesmo período de 2024.


A movimentação reflete um crescimento expressivo na busca por financiamentos e no apoio direto a empresários locais, especialmente os de micro e pequeno porte. Esse avanço ganha ainda mais força a partir de maio, quando o banco passa a operar com taxa reduzida para esses empreendedores: 0,41% ao mês, somada à Selic, com até 48 meses para pagamento, incluindo 12 meses de carência.


A medida, conforme destacou o presidente do BDMG, Gabriel Viégas Neto, integra a estratégia do Governo de Minas para incentivar o desenvolvimento econômico e gerar empregos. “Essa redução de taxa é uma decisão estratégica de mercado e de alinhamento com a política estadual”, declarou.


Imagem Foto: BDMG / Divulgação


Durante a semana, Gabriel Viégas esteve em visita aos municípios de Ipatinga, Timóteo, Bugre e Engenheiro Caldas para apresentar os dados e as oportunidades de financiamento disponíveis aos empreendedores da região.


A atuação do BDMG já mostra resultados. No primeiro trimestre de 2025, houve um crescimento de 60% no número de empresas atendidas no Vale do Aço em relação ao mesmo período de 2024. O destaque vai para as micro e pequenas empresas, com alta de 146% no volume de crédito liberado — graças, sobretudo, à nova linha BDMG Solidário.


Criada no início do ano, essa linha de financiamento foi pensada para apoiar negócios em cidades que decretaram situação de emergência ou calamidade por conta das chuvas. O Vale do Aço foi uma das regiões mais afetadas, e o crédito acessível tornou-se essencial para a retomada de atividades.


Um exemplo claro é o da empresária Mariane Sinfronio, proprietária da marmoraria Art Pedras, em Timóteo. Em janeiro, a empresa sofreu prejuízos de R$ 60 mil após um deslizamento que danificou máquinas e insumos. Sem conseguir reaver os danos pelo seguro, Mariane recorreu ao BDMG Solidário.


“Foi a partir do financiamento com o BDMG que conseguimos comprar novas máquinas e matéria prima para retomar os trabalhos plenamente. O BDMG nos salvou. Sem esse crédito, não sei como seguiríamos”, relatou a empresária, que trabalha ao lado do marido e da sogra.


No total, o programa BDMG Solidário destinou R$ 50 milhões em crédito para micro e pequenas empresas em todo o estado. Apenas para o Vale do Aço, foram R$ 10 milhões, esgotados em pouco mais de um mês.


As contratações podem ser feitas diretamente pelo site do BDMG ou por meio dos 35 correspondentes bancários credenciados que atuam gratuitamente em diversas cidades da região, oferecendo suporte aos empreendedores locais.


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