Influenciador que cortou orelhas, usou choque e deu galinhas vivas a cães é solto e proibido de tê-los
Acusado de maus-tratos em Contagem, jovem foi denunciado por vizinhos e libertado após pagar fiança de R$ 3 mil; ele está proibido de ter cães
Por Plox
08/05/2025 11h03 - Atualizado há 1 dia
Um influenciador digital de 25 anos foi denunciado por vizinhos e preso em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, após publicar vídeos em que cortava as orelhas dos próprios cães, usava arma de choque contra eles e jogava galinhas vivas para que fossem atacadas pelos animais. As cenas causaram revolta nas redes sociais e levaram a Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) até o local, onde foram encontradas partes das aves mortas.

As denúncias apontam que o suspeito, que possui 823 mil seguidores no Instagram, promovia uma rotina de violência contra os dois cães da raça cane corso. De acordo com relatos dos vizinhos, ele mantinha os animais por longos períodos sem alimentação para estimular comportamentos agressivos, tudo registrado em vídeos divulgados em suas redes sociais. Ainda segundo os moradores, o influenciador ameaçava os vizinhos com foguetes, bombas e até armas de fogo.
A prisão aconteceu na noite de segunda-feira (5), após a repercussão das imagens nas redes. No momento da ação policial, os cães estavam na casa e os vestígios das agressões, inclusive restos das aves usadas nos vídeos, foram encontrados no quintal.

No entanto, na quarta-feira (7), o influenciador foi solto após decisão da Justiça, que concedeu liberdade provisória mediante pagamento de fiança no valor de R$ 3 mil. A juíza Ivana Fernandes Vieira determinou que ele está proibido de ter a guarda de cães enquanto durar o processo. O alvará de soltura também impõe outras restrições, como não se ausentar de casa por mais de oito dias consecutivos, manter o endereço atualizado e comparecer a todos os atos judiciais.
Para justificar a decisão, a magistrada destacou que o acusado é réu primário, com bons antecedentes, e que a pena prevista para o crime não ultrapassa quatro anos de reclusão, o que permite medidas cautelares diversas da prisão. Após prestar depoimento, ele foi liberado e os animais ficaram sob a responsabilidade da namorada.
O caso segue sob investigação da Polícia Civil de Minas Gerais e continua gerando forte repercussão entre moradores da região e usuários das redes sociais.