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Política
Bolsonaro aponta erro da Polícia Federal em inquérito sobre joias
Ministro Alexandre de Moraes derruba sigilo do caso; PF corrige valor desviado
08/07/2024 às 21:38por Redação Plox
08/07/2024 às 21:38
— por Redação Plox
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O ex-presidente Jair Bolsonaro utilizou suas redes sociais nesta segunda-feira (8) para contestar o relatório da Polícia Federal que levou ao seu indiciamento por lavagem de dinheiro e associação criminosa. A investigação está centrada no desvio de joias presenteadas por líderes estrangeiros, que foram negociadas por emissários de Bolsonaro nos Estados Unidos.
Yuri Salvador Câmara de SP
Erro reconhecido pela Polícia Federal
Um ponto crucial do relatório da PF foi reconhecido como incorreto pela própria corporação. Inicialmente, o desvio das joias havia sido estimado em cerca de R$ 25 milhões. No entanto, a PF corrigiu o valor para R$ 6,8 milhões, sem explicar a origem do erro no cálculo inicial.
Bolsonaro expressou suas críticas na plataforma X (antigo Twitter), afirmando: "Aguardemos muitas outras correções. A última será aquela dizendo que todas as joias 'desviadas' estão na CEF, Acervo ou PF, inclusive as armas de fogo. Aguarda-se a PF se posicionar no caso Adélio: ‘quem foi o mandante?’ Uma dica: o delegado encarregado do inquérito é o atual Diretor de Inteligência".
Relatório enviado ao Supremo Tribunal Federal
Na semana passada, a PF enviou o relatório final ao Supremo Tribunal Federal. Nesta segunda, o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, derrubou o sigilo da ação, dando um prazo de 15 dias para a Procuradoria-Geral da República (PGR) analisar o documento.
Associação criminosa identificada pela PF
A PF identificou a existência de uma associação criminosa composta por aliados de Bolsonaro, com o objetivo de desviar joias e peças valiosas do acervo da Presidência da República para o patrimônio pessoal do ex-presidente. Segundo o inquérito, as transações evitavam o sistema bancário tradicional para dificultar o rastreamento da origem do dinheiro. Há indícios de que o avião presidencial foi utilizado para enviar as joias aos Estados Unidos.
Valores e peças desviadas
A perícia da PF avaliou que as peças desviadas, negociadas pelo grupo, tinham um valor de cerca de R$ 6,8 milhões, enquanto o valor de mercado seria aproximadamente R$ 25 milhões. As joias foram presentes dos Emirados Árabes Unidos e do Reino do Bahreim, incluindo:
Esculturas douradas de um barco e uma árvore
Relógio Patek Philippe
Kit Ouro Branco (anel, abotoaduras, rosário islâmico e um relógio Rolex em ouro branco)
Kit Ouro Rosé (caneta, anel, par de abotoaduras, um rosário árabe e um relógio)
Envolvidos no esquema
Além de Bolsonaro, a investigação da PF identificou vários aliados como participantes diretos da associação criminosa, incluindo:
Bento Albuquerque — almirante e ex-ministro de Minas e Energia
Fabio Wajngarten — advogado e ex-chefe da Secretaria de Comunicação da Presidência da República
Frederick Wassef — advogado do ex-presidente
José Roberto Bueno Júnior — militar que enviou ofício para reaver joias
Julio Cesar Vieira Gomes — ex-secretário da Receita Federal
Marcelo Costa Câmara — ex-assessor do ex-presidente
Marcelo da Silva Vieira — chefe do Gabinete de Documentação Histórica da Presidência da República
Marcos André dos Santos Soeiro — ex-assessor do Ministério de Minas e Energia
Mauro Cesar Barbosa Cid — coronel e ex-ajudante de ordens da Presidência da República
Mauro Cesar Lourena Cid — pai de Mauro Cid e chefe do escritório da Apex em Miami
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