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Política
PF liga Bolsonaro a esquema para desviar mais de R$ 6 milhões
O documento detalha que parte desse dinheiro pode ter sido utilizada para financiar a estadia de Bolsonaro nos Estados Unidos
08/07/2024 às 19:58por Redação Plox
08/07/2024 às 19:58
— por Redação Plox
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A Polícia Federal (PF) concluiu uma investigação que indica a participação do ex-presidente Jair Bolsonaro no desvio ou na tentativa de desvio de mais de R$ 6,8 milhões em presentes recebidos de países estrangeiros. Esses presentes incluíam esculturas, joias e relógios. Embora o relatório inicial da PF tenha mencionado o valor de R$ 25 milhões, a instituição corrigiu posteriormente, afirmando que o valor correto é R$ 6,8 milhões, conforme consta em outros trechos do documento.
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
Esquema de desvio e venda de presentes
A investigação revelou a existência de uma associação criminosa dedicada a desviar e vender objetos de valor recebidos por Bolsonaro em sua condição de presidente. Segundo o relatório, os valores obtidos com essas vendas eram convertidos em dinheiro e adicionados ao patrimônio pessoal do ex-presidente, utilizando intermediários e evitando o sistema bancário formal para ocultar a origem e a propriedade dos valores.
Indiciamentos e entregas ao STF
Bolsonaro e outras 11 pessoas foram indiciadas na semana passada pelos crimes de peculato, associação criminosa e lavagem de dinheiro. O relatório de investigação foi entregue ao Supremo Tribunal Federal (STF) na sexta-feira (5) e teve seu sigilo derrubado pelo ministro Alexandre de Moraes nesta segunda-feira (8). A Procuradoria-Geral da República (PGR) agora deve analisar se arquiva o caso, denuncia os indiciados ou solicita novas provas.
Colaboração e evidências
As investigações contaram com a colaboração do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, que fechou acordo de colaboração premiada. O envolvimento de seu pai, o general do Exército Mauro Lorena Cid, também foi apontado, sendo ele responsável por repassar US$ 68 mil ao ex-presidente após a venda de relógios de luxo.
Conjuntos de presentes investigados
Entre os presentes que são alvo da investigação estão:
Conjunto de itens masculinos da marca Chopard, contendo uma caneta, um anel, um par de abotoaduras, um rosário árabe e um relógio, recebidos pelo então ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, após viagem à Arábia Saudita em outubro de 2021.
Kit de joias, incluindo um anel, abotoaduras, um rosário islâmico e um relógio Rolex de ouro branco, entregue a Bolsonaro durante visita oficial à Arábia Saudita em outubro de 2019.
Esculturas de um barco dourado e uma palmeira dourada, entregues ao ex-presidente em novembro de 2021, durante o Seminário Empresarial da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira no Barém.
A PF também anexou outros tipos de prova aos autos, como comprovantes de saques bancários no Brasil e nos EUA, e planilhas mantidas pelo assessor Marcelo Câmara, responsável pela contabilidade pessoal de Bolsonaro.
Decisão estabelece que instituições financeiras devem ressarcir clientes prejudicados por fraudes se houver deficiência na proteção de dados ou falha em detectar operações atípicas.
Decisão estabelece que instituições financeiras devem ressarcir clientes prejudicados por fraudes se houver deficiência na proteção de dados ou falha em detectar operações atípicas.