Traficante evangélico fecha terreiros e igrejas católicas no Rio de Janeiro

Álvaro Malaquias Santa Rosa, conhecido como Peixão, é um traficante influente do Terceiro Comando Puro (TCP)

Por Plox

08/07/2024 11h07 - Atualizado há 2 meses

Álvaro Malaquias Santa Rosa, conhecido como Peixão, é um traficante influente do Terceiro Comando Puro (TCP), operando no Complexo de Israel, na zona norte do Rio de Janeiro. Recentemente, ele foi acusado de fechar igrejas católicas e terreiros de matrizes africanas em regiões como Parada de Lucas e Brás de Pina. Moradores relataram que bandidos armados, a mando de Peixão, comunicaram as paróquias sobre a decisão. Igrejas como Santa Edwiges, Nossa Senhora da Conceição e São Justino, além da Santa Cecília, suspenderam atividades, incluindo missas e festas comunitárias.

Foto: reprodução

Histórico e operações policiais

Peixão, criado por uma mãe umbandista, atualmente se declara evangélico e lidera com mão de ferro, utilizando práticas de intolerância religiosa para impor sua autoridade. Com nove mandados de prisão, ele está foragido e é alvo de operações policiais. Em 2016, a Operação Boi da Cara Preta, conduzida pelo Gaeco e pela 58ª DP, desarticulou uma quadrilha liderada por Peixão, que incluía policiais corruptos.

Ataques e controle territorial

Além das ações contra igrejas e terreiros, Peixão é acusado de organizar ataques armados na Zona Norte, usando a Favela Kelson’s como base para retomar o controle da Cidade Alta. A Polícia Civil identificou que esses ataques fazem parte de uma estratégia para consolidar seu domínio em áreas estratégicas para o tráfico.

Resposta das autoridades

No domingo (7/7), a Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro emitiu uma nota negando qualquer ordem de fechamento das igrejas por traficantes, alegando que a segurança nas paróquias Santa Edwiges e Santa Cecília foi reforçada e que as informações sobre o fechamento seriam boatos. Contudo, a Polícia Militar realizou uma operação no Complexo de Israel para aumentar a segurança e garantir a abertura das igrejas.

Conclusão

A situação no Complexo de Israel ilustra a complexa relação entre o tráfico de drogas e a imposição de normas sociais e religiosas por líderes criminosos. As ações de Peixão refletem um grave problema de intolerância religiosa e controle territorial, enquanto as autoridades buscam reestabelecer a ordem e a segurança na região.

 

 

 

Destaques