FAB intercepta aeronaves em zonas restritas durante Cúpula do BRICS
Três voos foram abordados por caças após entrarem em áreas com sobrevoo proibido no Rio de Janeiro
Por Plox
08/07/2025 10h51 - Atualizado há 1 dia
Durante o último fim de semana, em meio à realização da 17ª Cúpula do BRICS no Rio de Janeiro, a Força Aérea Brasileira (FAB) foi acionada para conter possíveis riscos à segurança aérea do evento. A mobilização envolveu o uso de aeronaves A-29 Super Tucano, que realizaram a interceptação de três voos que ingressaram, sem autorização, em áreas com restrições temporárias de sobrevoo.

A movimentação integra o amplo esquema de segurança preparado para proteger os representantes e chefes de Estado de mais de 20 países presentes no encontro internacional. A FAB informou que as abordagens visaram preservar a integridade das zonas de exclusão aérea estabelecidas nas imediações dos locais que sediaram as reuniões de alto escalão.
No sábado, dia 5, duas aeronaves civis foram interceptadas após penetrarem inadvertidamente no espaço aéreo restrito. Os caças Super Tucano se aproximaram, realizaram a verificação de dados e orientaram os pilotos a seguir novas rotas, fora da área proibida. As instruções foram acatadas sem resistência.
No domingo, 6, foi a vez de um helicóptero desautorizado ser detectado em operação nas proximidades da região protegida. Um caça da FAB efetuou a aproximação e, diante da manobra, o piloto da aeronave irregular se retirou imediatamente, realizando um pouso em área isolada. A FAB então acionou as equipes de segurança terrestre, que assumiram o controle da situação.
Além do emprego dos Super Tucano, a operação de vigilância aérea contou com o suporte de uma aeronave E-99, equipada com radar, responsável pelo monitoramento constante do tráfego aéreo durante o evento. O equipamento possibilitou a cobertura em tempo real do espaço aéreo delimitado.
Em entrevista à CNN Brasil, o tenente-coronel Deoclides Fernandes, comandante do Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea (CGNA), explicou que todas as ações foram preventivas.
“Elas foram orientadas a sair das áreas de exclusão e obedeceram à ordem. Os caças atuaram no sentido de acompanhar essas aeronaves. Eram voos que, inadvertidamente, entraram, talvez por inobservância, e isso está sendo investigado”, destacou.
A FAB reforçou ainda que, durante a vigência da Cúpula, a entrada nas zonas branca, amarela e vermelha exigia o envio de um Plano de Voo Completo (PVC), com transponder ligado e comunicação ativa com o controle de tráfego aéreo.
Com medidas rigorosas e atuação rápida, a FAB conseguiu garantir a tranquilidade e segurança aérea em um dos encontros diplomáticos mais relevantes do ano.