PF investiga desvio de verbas e faz busca no gabinete do deputado Júnior Mano
Operação apura fraudes em licitações e uso irregular de emendas parlamentares, envolvendo o deputado federal Júnior Mano (PSB-CE)
Por Plox
08/07/2025 09h08 - Atualizado há 1 dia
Nesta terça-feira, 8 de julho de 2025, a Polícia Federal desencadeou uma operação que investiga um esquema de desvio de recursos públicos. O foco da ação foi o gabinete do deputado federal Júnior Mano (PSB-CE) na Câmara dos Deputados, em Brasília.

A operação, que contou com a autorização do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), também obteve apoio da Procuradoria-Geral da República. Além de Brasília, outros cinco mandados de busca foram cumpridos em cidades do Ceará, incluindo Fortaleza, Nova Russas, Eusébio, Canindé e Baixio. As investigações, que seguem sob sigilo, têm como alvos a fraudes em licitações e no uso de emendas parlamentares.
O esquema suspeito envolvia a utilização de empresas fictícias, que teriam sido usadas para fraudar processos licitatórios e desviar valores destinados às prefeituras cearenses, como forma de propina. A Polícia Federal informou que, como parte da operação, foram bloqueados R$ 54,6 milhões nas contas de pessoas e empresas investigadas. Além disso, celulares foram apreendidos para ajudar na investigação.
O objetivo das ações é impedir a movimentação do dinheiro obtido de forma ilegal e possibilitar a devolução dos valores ao erário público. Gilmar Mendes também determinou o compartilhamento das provas obtidas com a Controladoria-Geral da União (CGU), para que seja avaliada a responsabilidade administrativa de possíveis agentes públicos envolvidos.
Outro ponto importante é que o STF autorizou a abertura de uma nova investigação sobre o uso irregular das emendas parlamentares e a possível participação de autoridades com foro privilegiado no esquema. Os crimes em apuração incluem organização criminosa, compra de votos, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica com fins eleitorais.
Em contato com a Itatiaia, o deputado Júnior Mano não se manifestou sobre a operação até o momento. O espaço segue aberto para esclarecimentos por parte de sua assessoria.