Trump é indicado ao Nobel da Paz em meio a proposta de retirada de palestinos

Durante um encontro realizado nesta segunda-feira (8) na Casa Branca, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, entregou ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, uma carta recomendando seu nome para o Prêmio Nobel da Paz. O gesto aconteceu durante uma reunião que abordou temas sensíveis e estratégicos no contexto internacional.

Foto: Reprodução de vídeo

Netanyahu afirmou que tanto Israel quanto os Estados Unidos estão em busca de países dispostos a receber palestinos atualmente residentes na Faixa de Gaza, que seriam deslocados como parte de um acordo pós-guerra. Apesar da proposta, Trump não revelou quais países estariam dispostos a acolher essas pessoas, apenas mencionando que há uma “ótima cooperação” por parte de nações do Oriente Médio.

Trump também declarou a intenção dos Estados Unidos de assumir o controle da Faixa de Gaza após o fim da guerra entre Israel e o Hamas. Segundo ele, não existem obstáculos reais para um acordo de paz e afirmou que os progressos são evidentes. “Acho que as coisas estão indo muito bem”, disse o republicano, quando questionado sobre a situação.

Na ocasião, Trump expressou confiança de que o Hamas está aberto a encerrar o conflito. “Eles querem se reunir e querem ter esse cessar-fogo”, afirmou. O encontro em Washington coincidiu com o segundo dia de negociações indiretas entre Israel e Hamas no Catar, que tentam alcançar uma trégua para o conflito iniciado em 7 de outubro de 2023, quando o grupo islamista lançou um ataque ao território israelense.

Por fim, Netanyahu ressaltou que Trump tem buscado a paz em várias regiões do mundo e, por isso, entregou a carta de recomendação à comissão responsável pelo Nobel da Paz. “Ele está pedindo a paz enquanto conversamos, em um país, em uma região após a outra”, declarou o líder israelense.

A reunião marcou o primeiro encontro oficial entre os dois líderes desde que Trump retornou à presidência dos EUA em fevereiro.