Veículos estacionados irregularmente geram mais de 3,6 mil multas em vagas de deficientes

Fiscalização flagra milhares de motoristas ocupando indevidamente vagas reservadas; população cobra punições mais duras

Por Plox

08/07/2025 07h53 - Atualizado há 1 dia

A ocupação irregular de vagas de estacionamento destinadas a pessoas com deficiência tem gerado revolta em Belo Horizonte. De janeiro até agora, a BHTrans já aplicou mais de 3.600 multas por esse tipo de infração na capital mineira.


Imagem Foto: ASCOM SMTT /Agencia senado



Essas vagas, essenciais para garantir acessibilidade e mobilidade a quem possui limitações físicas, têm sido desrespeitadas com frequência. A enfermeira Melissa Santos, que vive com deficiência física há anos, compartilhou sua indignação. Segundo ela, em 80% das vezes em que precisa estacionar, a vaga está ocupada de forma irregular. “E desses 80%, todas as vezes são por pessoas sem a credencial adequada, ou utilizando indevidamente a credencial de idoso”, desabafa.



A legislação atual classifica como infração gravíssima estacionar nessas vagas sem a devida credencial, com penalidade de R$ 293,47, sete pontos na carteira e possibilidade de remoção do veículo. Apesar disso, o número de infrações mostra que as punições não têm sido eficazes em coibir a prática. Melissa, que utiliza a credencial há duas décadas, acredita que as penalidades precisam ser mais rígidas para gerar respeito real às demarcações.



Em Belo Horizonte, existem atualmente 1.310 vagas destinadas a pessoas com deficiência: 627 delas em áreas rotativas e 683 em locais livres. Ainda assim, a disponibilidade não é suficiente diante do alto índice de uso irregular. Moradores como Gasparino Rodrigues do Santo Júnior, de 58 anos, e Aloísio Eustáquio apontam que o problema vai além da fiscalização, refletindo a falta de empatia e consciência coletiva. \"É sempre difícil encontrar uma vaga livre\", lamenta Gasparino. Já Aloísio destaca: \"Se a vaga está ali, é para ser respeitada.\"



Diante da recorrência do desrespeito, cresce o apelo da população por ações mais enérgicas e campanhas educativas que reforcem a importância dessas vagas para quem realmente precisa.


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