Barragem Forquilha V entra em alerta após identificação de fissuras em Ouro Preto

A Barragem Forquilha V, situada na Mina da Fábrica em Ouro Preto, Minas Gerais, foi colocada em situação de alerta nesta segunda-feira (5) devido à descoberta de fissuras na estrutura. A Agência Nacional de Mineração (ANM) identificou as rachaduras durante uma inspeção, acionando medidas emergenciais para monitoramento e segurança.

Medidas de monitoramento

A ANM determinou que a Vale, empresa responsável pela barragem, realizasse a limpeza da área afetada e instalasse extensômetros para avaliar a possibilidade de progressão ou estabilização das fissuras. Durante o período de alerta, a Vale deverá realizar inspeções diárias e enviar relatórios semanais à ANM, detalhando o comportamento das rachaduras e listando as medidas de segurança implementadas. Caso os ajustes necessários não sejam realizados dentro de 60 dias ou se forem considerados insuficientes, a classificação de emergência da barragem poderá ser elevada.

Estudo de tensão-deformação

A ANM também exigiu a elaboração de um estudo de tensão-deformação para ajudar na identificação das causas das fissuras e permitir o acompanhamento de possíveis anomalias futuras na estrutura. Até o momento, não há informações concretas sobre a origem das fissuras.

Declarações da Vale

A Vale afirmou que a barragem Forquilha V não sofreu alterações em suas condições de estabilidade, mantendo a Declaração de Condição de Estabilidade (DCE) e a Declaração de Conformidade e Operacionalidade (DCO) positivas. Em nota, a empresa comunicou que a vistoria da ANM foi realizada após a equipe técnica da mineradora identificar e reportar a ocorrência. “Um plano de ação já está em andamento para correção. A Vale reforça que a barragem Forquilha V não tem influência sobre outras barragens do complexo e não há comunidade e estruturas operacionais na sua Zona de Autossalvamento (ZAS)”, afirmou.

Histórico e monitoramento

Construída pelo método de etapa única, a barragem Forquilha V está fora de operação desde 2023. De acordo com a Vale, a estrutura é monitorada continuamente pelo Centro de Monitoramento Geotécnico (CMG) da empresa, funcionando 24 horas por dia, sete dias por semana.