Correios mantém operações após trabalhadores entrarem em greve
. Entre as demandas, estavam a correção integral dos salários conforme o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), retomada de vales alimentação extras e a redução do custeio de parte do plano de saúde pelos empregados
Por Plox
08/08/2024 15h40 - Atualizado há 6 meses
Os Correios enfrentam uma greve nacional dos seus trabalhadores desde as 22 horas desta quarta-feira (8). A decisão foi tomada após a rejeição da proposta apresentada pela empresa no final do dia. Em comunicado, a Federação Interestadual dos Sindicatos dos Trabalhadores e Trabalhadoras dos Correios (Findect) declarou que “a proposta inclui um reajuste salarial somente para 2025 e não oferece uma resposta conclusiva e concreta em relação ao plano de saúde”.

Reivindicações dos trabalhadores
Os trabalhadores apresentaram suas reivindicações aos Correios em 24 de maio, focando em quatro eixos principais: questões econômicas, benefícios, plano de saúde e disposições gerais. Entre as demandas, estavam a correção integral dos salários conforme o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), retomada de vales alimentação extras e a redução do custeio de parte do plano de saúde pelos empregados.
Proposta dos Correios
A empresa propôs um aumento salarial de 6,05% a partir de janeiro de 2025 e um aumento de 4,11% nos benefícios a partir de agosto de 2024. Além disso, ofereceu um aumento de 20% nas funções dos empregados motoristas e motociclistas, um acréscimo de R$ 50,93 no vale alimentação/refeição de agosto a dezembro de 2024 para quem tem remuneração até R$ 7,3 mil, e um pagamento integral extra em dezembro para todos.
Pendências no plano de saúde
A proposta dos Correios deixou pendentes as questões relacionadas ao plano de saúde. A empresa sugeriu apenas uma redução na coparticipação de 30% para 15%, a ser implementada após ajustes nas normas. No entanto, não se manifestou sobre a mudança na base de cálculo da coparticipação, que atualmente é feita a partir do salário bruto.
Adesão e mobilização sindical
A Findect, que representa cinco sindicatos da categoria no país, já confirmou a adesão à greve. Além disso, outros cinco sindicatos filiados à Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos e Similares (Fentect) também se juntaram ao movimento.
Estado de greve no Distrito Federal
O Sindicato dos Trabalhadores dos Correios e Telégrafos, Empresas de Comunicações Postais, Telegráficas, Entrega de Documentos, Malotes, Encomendas e Similares do Distrito Federal e Região do Entorno (Sintect-DF) optou por manter o “estado de greve”. Segundo o diretor de comunicação, Carlos Golveia, a postura atual ainda é de diálogo. “Não estamos satisfeitos, mas precisamos esgotar todos os canais de negociação. Nunca nos omitimos, estamos estendendo esse prazo, mas se não avançar, vamos paralisar”, afirmou.
Operação dos Correios durante a greve
Na manhã desta quinta-feira (8), os Correios informaram por nota que estão operando normalmente em todo o Brasil. “As agências estão abertas e todos os serviços disponíveis. A empresa já adotou medidas como remanejamento de profissionais e realização de horas extras para cobrir as ausências pontuais e localizadas devido à paralisação anunciada pelo sindicato.”