Açaí brasileiro conquista espaço e abre portas no mercado chinês
Produto amazônico se destaca em acordos comerciais que também incluem café e carne
Por Plox
08/08/2025 14h43 - Atualizado há 2 dias
O açaí brasileiro, símbolo da Amazônia, começa a ganhar destaque nas prateleiras e cardápios da China, integrando uma lista de produtos que despertam interesse no mercado asiático, ao lado de café e carne. A movimentação intensificou-se após a habilitação de 183 empresas nacionais para exportar café, anunciada no mesmo dia em que os Estados Unidos aplicaram novas sobretaxas a produtos brasileiros.

Em publicações nas redes sociais, a Embaixada da China não apenas mencionou o café, mas também destacou o açaí em pó como opção atraente para consumidores chineses. A divulgação incluiu dicas sobre como vender tanto no comércio eletrônico quanto na Feira de Xiamen, prevista para ocorrer no próximo mês.
A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Atração de Investimentos (ApexBrasil) reforça essa estratégia desde a visita do presidente Lula a Pequim, em maio. Campanhas promocionais já levaram o café brasileiro para a rede Luckin e o açaí para as lojas da Mixue, uma das maiores franquias de bebidas geladas do país.
O fortalecimento das relações foi confirmado em conversa entre o assessor especial da Presidência, Celso Amorim, e o chanceler chinês Wang Yi, que reafirmou o apoio do país asiático ao Brasil contra tarifas abusivas impostas pelos EUA e destacou a cooperação estratégica no âmbito dos Brics. Amorim frisou a importância da China como destino de exportações, lembrando que a participação dos EUA nas vendas externas brasileiras caiu de 25% há 25 anos para 12% em 2024.
Embora soja, minério de ferro e petróleo sigam dominando a pauta comercial, o açaí, o café e a carne despontam como alternativas para diversificar as exportações, acompanhando o aumento de investimentos chineses no Brasil.