Raiva humana em ascensão no Brasil

O Brasil viu um aumento nos casos de raiva humana recentemente, com sete ocorrências nos últimos dois anos. Em específico, foram registrados dois casos este ano, comparado aos cinco de 2022. A recente confirmação de um cão infectado em São Paulo, o primeiro caso do tipo no estado desde 1997, intensificou as preocupações relacionadas à doença.

De acordo com dados do Ministério da Saúde, nenhuma das pessoas infectadas sobreviveu. Contudo, a instituição ressalta que, devido às campanhas de vacinação realizadas em diversas regiões, o Brasil está se aproximando da erradicação da raiva humana.

Histórico dos casos Dos casos registrados em 2022, quatro surgiram em uma comunidade indígena em Bertópolis, Minas Gerais. Desses, dois afetaram jovens entre 10 e 15 anos e dois atingiram crianças com menos de 10 anos. Adicionalmente, um adolescente de Sobradinho, no Distrito Federal, foi afetado. Os números mostram um crescimento na incidência da doença, já que, em 2021, apenas um caso foi notificado e, em 2020, houve dois registros. Mesmo assim, as estatísticas atuais são significativamente menores do que as de décadas passadas. Para contextualizar, em 1990, o Brasil teve 50 casos de raiva humana.

Mortalidade e prevenção O Ministério da Saúde aponta que a taxa de mortalidade da raiva humana em 2022 foi de 0,00246 por 100 mil habitantes. Foi destacado que nenhuma morte ocorreu entre indivíduos que receberam tratamento adequado com soro e vacina. Anualmente, cerca de 650 mil atendimentos antirrábicos são realizados no país.

As autoridades de saúde enfatizam a importância da vacinação e da procura imediata por atendimento médico após qualquer contato com animais potencialmente infectados. A vacinação, além de ser recomendada para animais, é especialmente direcionada a profissionais que trabalham em estreita relação com eles, como veterinários.