Reforma Ministerial de Lula: críticas por falta de representatividade e excesso de ministérios
Presidente aumenta número de pastas e diminui representação feminina, gerando controvérsias
Por Plox
08/09/2023 18h20 - Atualizado há mais de 1 ano
Luiz Inácio Lula da Silva, presidente do Brasil, realizou mudanças em seu ministério, resultando na saída da ministra Ana Moser do Esporte e nomeando André Fufuca, respaldado por Arthur Lira, presidente da Câmara. No Ministério de Portos e Aeroportos, Márcio França foi substituído por Sílvio Costa Filho e assumirá a nova pasta de Micro e Pequenas Empresas.
Essas alterações foram alvo de críticas por aliados do presidente, devido à diminuição da presença feminina no governo, uma promessa de campanha de Lula. "Lula contava com um recorde de 11 ministras em seu primeiro escalão", mas agora o número reduziu para 9. Na tentativa de amenizar as críticas, Lula fez uma aparição pública ao lado de suas ministras durante o desfile de 7 de Setembro.

Expansão do governo e questionamentos
Após a inclusão dos partidos Centrão PP e Republicanos, o governo agora possui 38 ministérios. Tal crescimento gerou questionamentos sobre o inchaço da máquina pública. Com esta expansão, Lula superou seu recorde anterior, mas ainda fica atrás do governo Dilma Rousseff, que chegou a ter 39 pastas.
Desafios na governabilidade e relações políticas
Com a entrada de novos partidos, o presidente Lula tem agora 11 partidos em sua base, contabilizando aproximadamente 320 deputados. Entretanto, a ampla base não garante unidade nas votações, principalmente em pautas progressistas.
A relação tensa com o partido União Brasil e a autonomia de partidos como PP, Republicanos, MDB e PSD destacam a complexidade das negociações. "Enquanto Lula fortaleceu sua base de apoio, ele ainda precisará negociar", principalmente em pautas ideológicas.
Além disso, a recente reestruturação do ministério evidenciou desafios na relação do presidente com o Congresso. A aprovação da medida provisória de reestruturação ministerial foi turbulenta, demonstrando resistência na Câmara e tensões com Arthur Lira. No Senado, o processo foi mais tranquilo, mas ainda enfrentou oposição.
Em resumo, a recente reforma ministerial de Lula trouxe à tona desafios significativos tanto em relação à representatividade quanto à governabilidade.