SUS começa a oferecer novo medicamento para câncer infantil de alto risco

A partir de agora, o SUS custeará o betadinutuximabe, indicado para o tratamento do neuroblastoma em crianças que passaram por quimioterapia e transplante de células-tronco.

Por Plox

08/09/2024 10h36 - Atualizado há 26 dias

A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) aprovou na última quinta-feira (5) a inclusão do betadinutuximabe, comercialmente conhecido como Qarziba, para o tratamento de neuroblastoma de alto risco em crianças. Com essa decisão, o medicamento, que custa cerca de R$ 2 milhões, será custeado e distribuído pelo Sistema Único de Saúde (SUS), ampliando o acesso ao tratamento para pacientes que atendam a critérios específicos, como terem recebido quimioterapia, alcançado uma resposta parcial e realizado transplante de células-tronco.

Eu maia Villela/Agência Brasil

Neuroblastoma: um dos cânceres infantis mais comuns

O neuroblastoma é o terceiro câncer infantil mais comum, ficando atrás apenas da leucemia e dos tumores cerebrais. O betadinutuximabe é indicado para casos de alto risco ou recidiva da doença e já foi utilizado em mais de mil pacientes em 18 países. Segundo o laboratório Recordati, fabricante do medicamento, ele melhora a sobrevida, aumenta a chance de cura e reduz o risco de recaída.

Campanha de arrecadação destaca a urgência do tratamento

A necessidade de incorporação do betadinutuximabe pelo SUS ganhou destaque no início deste ano, quando uma campanha de arrecadação de fundos foi realizada para ajudar no tratamento de Pedro, filho do indigenista Bruno Pereira. Em apenas três dias, a meta de arrecadação foi atingida, mas a família de Pedro uniu-se a outras famílias que enfrentam a mesma dificuldade de acesso ao medicamento para o neuroblastoma, pressionando pela inclusão do betadinutuximabe no SUS.

Outras aprovações da Conitec

Na mesma reunião em que foi aprovado o betadinutuximabe, a Conitec também aprovou a incorporação de novos medicamentos para o tratamento da doença pulmonar obstrutiva crônica, ampliando o rol de opções terapêuticas disponíveis na rede pública de saúde.

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