Os pais do estudante expulso por racismo após uma briga generalizada no colégio pH, em Botafogo, Zona Sul do Rio de Janeiro, se manifestaram neste fim de semana. Em nota divulgada à imprensa, a família afirmou que o adolescente reconheceu o erro e que a conduta dele não reflete os valores ensinados em casa.

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O episódio aconteceu durante uma partida de futebol das Olimpíadas Escolares, quando uma falta de jogo provocou uma discussão. Durante o desentendimento, o aluno teria imitado um macaco, atitude que resultou em uma briga generalizada. A mãe do jovem agredido, Tatiana Tatagiba, contou que o filho também sofreu agressões físicas. Ela registrou boletim de ocorrência, e o caso está sendo investigado pela Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi).

“Lamentamos profundamente o erro cometido por nosso filho, que o reconhece, e manifestamos nossa solidariedade ao jovem vitimado e à sua família”, diz a nota da família. Os pais também disseram estar tentando contato direto com os responsáveis pela vítima, a fim de apresentar um pedido formal de desculpas e oferecer apoio. Segundo eles, essa tentativa de diálogo não se limita ao pedido de desculpas, mas é também uma forma de refletir sobre um problema que atravessa gerações e continua a marcar a sociedade brasileira.

A direção do colégio pH informou que tomou medidas imediatas após o ocorrido. O aluno que proferiu as ofensas foi desligado da instituição, e os estudantes afetados estão sendo acolhidos. Em comunicado, a escola declarou que repudia qualquer forma de discriminação e destacou o compromisso com uma cultura antirracista. Entre os projetos desenvolvidos pela instituição estão o Percurso Antirracismo e Antidiscriminação e o Programa Antibullying, que integram ações permanentes voltadas para a inclusão e respeito à diversidade.

A situação gerou grande repercussão nas redes sociais e entre a comunidade escolar, impulsionando discussões sobre racismo estrutural e o papel das instituições de ensino na formação de uma sociedade mais justa.