Três crianças são resgatadas após mãe ameaçar matar filha em vídeo em Governador Valadares

Três crianças, com idades de 1 e 3 anos e um bebê de apenas 2 meses, foram resgatadas pela Polícia Civil após desaparecerem no dia 30 de agosto em Governador Valadares, no Vale do Rio Doce. A mãe delas, uma mulher de 22 anos, havia publicado vídeos nas redes sociais em que ameaçava agredir e matar uma das filhas. Nas imagens, ela dizia que iria \"picar\" a criança e colocá-la em uma panela de pressão, além de afirmar que bater nela não teria sido \"suficiente\". Em outro trecho, ameaçava esfaquear a filha.

A operação de resgate foi realizada na última quinta-feira (4/9), após mandado judicial expedido pela Vara da Infância e da Juventude, atendendo a uma solicitação do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), que apontou indícios de maus-tratos e ameaças por parte da mãe.

De acordo com o delegado Cleriston Lopes de Amorim, o foco da ação foi garantir a integridade física e emocional das crianças. \"A atuação conjunta da Polícia Civil, do Ministério Público e do Judiciário foi fundamental para proteger os menores e assegurar que ficassem em local seguro\", afirmou.

Após o resgate, as crianças foram apresentadas à juíza da comarca de Governador Valadares, que determinou as medidas de proteção cabíveis. A investigação segue em andamento para apurar todos os detalhes do caso.

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Relembre o caso

No dia 30 de agosto, um dos pais das crianças, um homem de 20 anos, procurou a Polícia Militar após visualizar os vídeos nas redes sociais. As imagens haviam sido gravadas pela ex-companheira, com quem tem filhos.

Nos vídeos, a mulher diz frases como: \"Eu vou matar essa menina e colocar dentro de uma panela de pressão. Esquartejar, colocar numa panela e depois jogar no mato\".

Em busca da suspeita, os policiais estiveram na casa da avó dela, de 61 anos, que relatou ter recebido a neta e os filhos na sexta-feira (29/8). Segundo a idosa, por volta das 23h30, a mulher saiu do local com as crianças usando um carro de aplicativo e, desde então, não foi mais vista.

Na residência de uma prima, a polícia recebeu informações de que a mulher passou a noite por lá, mas saiu na tarde de sábado (30/8), sem dizer para onde iria. A familiar contou ainda que passou a receber ameaças depois que o endereço foi divulgado.

Outro pai de uma das crianças, de 21 anos, afirmou ter entrado em contato com a mulher, que disse estar deixando a cidade com os filhos rumo ao Rio de Janeiro. Ele também relatou episódios de agressões e situações em que ela jogava objetos nas crianças.

Segundo os dois pais, a mulher costumava descontar suas frustrações pessoais na filha mais velha, que era agredida com frequência.

A Polícia Civil segue investigando o caso.