Cientistas são premiados com Nobel de Física por avanços em Inteligência artificial

Pesquisadores desenvolveram redes neurais que revolucionaram o aprendizado de máquinas

Por Plox

08/10/2024 09h30 - Atualizado há 13 dias

O Prêmio Nobel de Física deste ano foi concedido ao norte-americano John Hopfield, 91, e ao britânico-canadense Geoffrey Hinton, 76, por suas contribuições inovadoras no campo da inteligência artificial (IA), particularmente no desenvolvimento de redes neurais artificiais. 

Foto: Reprodução de vídeo

As descobertas de ambos revolucionaram a maneira como máquinas aprendem, tornando-se essenciais para o aprendizado de máquina, utilizado em diversas aplicações, como reconhecimento de imagens e processamento de linguagem natural.

As contribuições de Hopfield remontam à década de 1980, quando ele desenvolveu um tipo de rede neural inspirada em fenômenos físicos. Esse modelo se baseia nas propriedades do spin atômico, permitindo a memorização e reconstrução de imagens. Já Hinton, com base nas ideias de Hopfield, criou a máquina de Boltzmann, uma rede neural capaz de identificar padrões em grandes volumes de dados, com aplicações que variam desde a classificação de imagens até a criação de novos exemplos visuais.

Essas inovações abriram caminho para o uso de IA em áreas como diagnósticos médicos por imagens, onde sistemas são capazes de alcançar níveis de precisão comparáveis ou superiores aos melhores médicos. Hinton, em discurso após a premiação, expressou preocupação com o futuro da IA, destacando os possíveis impactos positivos e as ameaças de perda de controle sobre máquinas mais inteligentes que os humanos.

O Nobel de Física, concedido pela Academia Real de Ciências da Suécia desde 1901, já premiou 225 laureados ao longo de sua história. O prêmio deste ano, no valor de 11 milhões de coroas suecas (cerca de R$ 5,5 milhões), será dividido entre Hopfield e Hinton.

Destaques