Micro e pequenas empresas são responsáveis por mais de 67% dos empregos criados em Minas até agosto

O setor de serviços foi o mais expressivo na geração de empregos entre as MPEs, respondendo por 46% das novas vagas, o equivalente a 58.761 postos de trabalho criados.

Por Plox

08/10/2024 16h06 - Atualizado há 13 dias

As Micro e Pequenas Empresas (MPEs) de Minas Gerais têm sido as principais responsáveis pela criação de empregos no estado em 2024, com um saldo de 127.474 novas vagas até agosto. Este número representa mais de 67% do total de empregos gerados no estado no período, de acordo com o Sebrae Minas, que analisou dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).


Foto: Victor Fagundes / Sede

Setor de serviços impulsiona crescimento

O setor de serviços foi o mais expressivo na geração de empregos entre as MPEs, respondendo por 46% das novas vagas, o equivalente a 58.761 postos de trabalho criados. Em seguida, destacaram-se a construção civil, com 19.967 vagas, e a indústria de transformação, com 18.814 empregos.

Segundo Fernando Passalio, secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais, o sucesso das MPEs é resultado das políticas adotadas pelo governo estadual para apoiar o empreendedorismo. "O crescimento do mercado de trabalho motivado pela atuação das micro e pequenas empresas em Minas reforça a eficiência das iniciativas da Sede-MG em prol da Liberdade Econômica", afirmou Passalio.

Agosto traz destaque para serviços e comércio

O desempenho das MPEs em agosto foi especialmente forte no setor de serviços, que gerou 6.798 novas vagas, um aumento de 41,8% em relação ao mês anterior. O comércio foi o segundo setor com melhor desempenho, criando 3.792 postos, um crescimento de 37% em relação a julho. A indústria de transformação ocupou o terceiro lugar, com 3.750 novos empregos, um aumento expressivo de 57,4% em comparação com o mês anterior.

Entretanto, o setor de agropecuária registrou um saldo negativo em agosto, com a perda de 6.289 empregos. De acordo com Marcílio Duarte, analista do Sebrae Minas, essa queda é atribuída à sazonalidade, especialmente relacionada ao fim da safra do café, que resultou no desligamento de trabalhadores temporários.

Regiões mineiras e sua participação na geração de empregos

As MPEs da região Central de Minas Gerais foram as que mais geraram empregos até agosto, com 44,4 mil novas vagas, seguidas pela região do Triângulo Mineiro, com 15,8 mil, e o Sul de Minas, com 15,3 mil vagas. No cômputo geral, incluindo médias e grandes empresas, o Noroeste e Alto Paranaíba se destacaram com 15,2 vagas geradas a cada mil habitantes, enquanto o Triângulo Mineiro e a região Central também tiveram índices consideráveis, com 12,21 e 11,77 vagas por mil habitantes, respectivamente.

No entanto, a região Norte do estado, apesar de ter gerado 4,46 vagas por mil habitantes, apresentou um crescimento notável de 70,4% em relação ao ano anterior. A Zona da Mata e Campo das Vertentes também registraram um aumento significativo de 42,7%, com 6,89 vagas por mil habitantes até agosto.

Desburocratização e apoio ao empreendedorismo

Os resultados promissores no mercado de trabalho em Minas Gerais estão intimamente ligados à redução da burocracia para abertura e operação de empresas no estado. A Lei de Liberdade Econômica, adotada por meio do programa Minas Livre Para Crescer, já foi implementada em 463 municípios mineiros, beneficiando mais de 11 milhões de pessoas – mais de 55% da população do estado e 61% de seu Produto Interno Bruto (PIB).

Nos municípios que participam da iniciativa, o tempo médio para abrir uma empresa foi reduzido para apenas 16 horas. Além disso, o programa Redesim+Livre, executado pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Sede-MG) e a Junta Comercial do Estado de Minas Gerais (Jucemg), com apoio do Sebrae, tem acelerado ainda mais o processo de abertura de empresas, permitindo que negócios de baixo e médio risco iniciem suas operações em questão de minutos.

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