Adélio Bispo será submetido a novo exame de periculosidade em presídio federal

Avaliação psiquiátrica definirá se o autor do atentado contra Jair Bolsonaro permanece sob custódia ou pode ser transferido a hospital especializado

Por Plox

08/10/2025 14h09 - Atualizado há 5 dias

Adélio Bispo de Oliveira, de 47 anos, voltará a ser avaliado por uma equipe de especialistas para determinar se ainda representa risco à sociedade. A medida, solicitada pelas autoridades judiciais, busca atualizar o laudo de periculosidade do homem responsável pelo atentado a faca contra o então candidato à Presidência Jair Bolsonaro, ocorrido em Juiz de Fora (MG) em 2018.


Imagem Foto: Divulgação / Assessoria de Comunicação Organizacional do 2° BPM


De acordo com informações obtidas pelo portal Metrópoles, dois psicólogos devem visitar o Presídio Federal de Campo Grande, onde Adélio está detido, para realizar uma nova perícia psiquiátrica. O exame apontará se ele continua apresentando transtornos mentais e, consequentemente, se precisa permanecer sob custódia.



O resultado do laudo poderá levar a dois caminhos distintos: caso se comprove que Adélio ainda oferece risco, ele poderá ser transferido para um hospital de custódia destinado a pessoas que cumprem medidas de segurança. No entanto, se o relatório indicar que não há mais perigo, há a possibilidade — considerada remota — de ele receber alta e voltar à liberdade, sob acompanhamento ambulatorial.



Fontes ligadas à segurança pública afirmaram que essa hipótese de soltura é vista como improvável, já que relatórios recentes apontam o agravamento dos transtornos psiquiátricos de Adélio ao longo dos anos. Atualmente, ele vive isolado em uma cela de seis metros quadrados, sem contato com outros detentos e sem participar das atividades externas, como o banho de sol. Também não lê livros, não recebe visitas de familiares há mais de um ano e se recusa a tomar a medicação indicada para o transtorno delirante.


“A possibilidade de ele deixar o presídio é mínima, pois os últimos exames indicam piora no quadro mental”, disseram agentes ouvidos sob reserva.

Adélio não cumpre pena e tampouco responde a processo criminal, pois foi declarado inimputável pela Justiça em razão de seu estado psiquiátrico. Desde então, vive sob medida de segurança imposta após o atentado que marcou a corrida presidencial de 2018. O conteúdo de seu prontuário médico permanece sob sigilo.



A nova perícia deve ser concluída nas próximas semanas, e o laudo servirá de base para definir o destino do preso — entre a permanência no regime atual, a transferência para uma unidade de custódia ou, em hipótese mais improvável, a liberdade vigiada.


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